Kamai denuncia manobra da Prefeitura para fabricar superávit com corte em políticas públicas

Foto Assessoria

Segundo Kamai, metas físicas da LDO foram omitidas inicialmente e, quando apresentadas, revelaram um encolhimento deliberado dos serviços essenciais.

O vereador André Kamai voltou a criticar a Prefeitura de Rio Branco nesta semana durante análise da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) enviada à Câmara Municipal. Para o parlamentar, o documento representa um “absoluto descaso” com as necessidades da cidade, com recuos preocupantes em áreas como saúde, educação infantil e produção rural.

“Desde o início, esse projeto chegou cheio de problemas. A primeira versão da LDO veio sem as metas físicas, o que inviabiliza qualquer análise séria. Só depois de diálogo com a gestão é que essas metas foram incluídas — e, quando vieram, escancararam a estratégia do Executivo: reduzir políticas públicas para fabricar um superávit artificial”, afirmou Kamai.

De acordo com o vereador, a proposta orçamentária não prevê avanços concretos na cobertura da atenção básica de saúde nem expansão das vagas na educação infantil. “A cidade não pode continuar sendo tratada com esse desleixo. Estamos falando de áreas essenciais para o futuro das nossas crianças e da dignidade da população”, reforçou.

Kamai também apontou o abandono da política de produção rural como um dos aspectos mais graves. “A LDO não destina sequer um real para a mecanização agrícola. Como é que vamos fortalecer o setor produtivo sem investimento mínimo no campo?”, questionou.

O parlamentar defendeu uma revisão profunda da peça orçamentária e reforçou que o Legislativo tem a obrigação de barrar retrocessos. “Nossa responsabilidade é zelar pelo interesse público. Não vamos compactuar com uma proposta que ignora a realidade das comunidades e sacrifica direitos para maquiar números”, concluiu.

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