Justiça volta a manter prisão preventiva de acusada de mandar matar o marido

Foto: Polícia Civil

O juiz Luís Gustavo Alcalde Pinto, da comarca de Xapuri, no interior do Acre, manteve, mais uma vez, a prisão preventiva de Risonete Borges Monteiro, acusada de encomendar a morte do marido Francisco Campos Barbosa. Benigno Queiroz Sales, apontado como autor do crime, também seguirá preso após decisão do magistrado.

A Vara Criminal de Xapuri aceitou denúncia contra Risonete e Benigno em janeiro deste ano. Na decisão mais recente, que manteve os réus presos, o juiz voltou a ressaltar que o caso cumpre todos os requisitos para a manutenção da prisão preventiva, e ressaltou a suposta periculosidade dos envolvidos, caso tenham sido os autores do crime.

“No presente caso, a prisão preventiva dos acusados se deve pela gravidade do delito supostamente praticado pelos acusados, o que vem revelar a periculosidade deste, justificando a sua segregação do meio social ante a clara possibilidade de que, com outra conduta sua, venha gerar instabilidade à ordem pública”, disse, assim como em decisão anterior.

Crime

Chico Abreu foi achado morto em um ramal na divisa do município de Xapuri e Epitaciolândia, no interior do Acre, no dia 27 de novembro de 2022. O corpo foi levado ao Instituto Médico Legal (IML), onde foi constatado que Barbosa foi morto com um tiro nas costas e também foi enforcado.

O suspeito, Benigno Queiroz Sales, de 36 anos, conhecido como ‘Banana’, foi preso ainda na segunda-feira (28) em Epitaciolândia. O delegado Luis Tonini informou que algumas informações apontavam que ele estava armado em uma área de mata e a Polícia Militar foi acionada.

O homem foi preso sem arma, mas depois indicou onde estava escondida a arma do crime. Ele também confessou e disse ao delegado que matou a vítima para se defender.

Em dezembro daquele ano, a Polícia Civil prendeu a mulher de Chico Abreu por ter tramado a morte do companheiro junto com Benigno Sales, que já havia sido preso em flagrante. As prisões foram solicitadas pelo delegado de Xapuri, Gustavo Neves, no Inquérito que investiga a prática do crime de homicídio qualificado mediante pagamento ou promessa de recompensa.

Segundo as investigações, a ex planejou a morte e mandou matar a vítima porque que teria vultuosa quantidade de dinheiro em casa. Após sua morte, o valor seria dividido igualmente entre a mandante e o executor.

A dupla foi transferida para o Complexo Penitenciário Francisco Oliveira em Rio Branco. “Segundo informações, a vítima teria vultuosa quantia de dinheiro guardada em casa e a esposa, sabendo disso, convidou o caseiro da colônia para que ele roubasse esse valor com ela. O caseiro ficou incumbido de matar a vítima e depois levar o dinheiro que seria dividido em partes iguais entre a esposa da vítima e o caseiro”, explicou o delegado.(G1)

Compartilhar