Julho e agosto concentram maioria de eventos etnoturisticos no Acre, aponta revista

Foto: Marcos Vicenti

O etnoturismo acreano tem atraído milhares de brasileiros e estrangeiros que visitam as cerimônias indígenas em busca de experiências com os saberes tradicionais. Os festivais são realizados por aldeias em nove municípios do estado, a maioria entre os meses de julho e agosto, e tem se multiplicado na região, segundo a revista digital Psicodelicamente.

Porto Walter, Assis Brasil, Marechal Thaumaturgo, Feijó, Tarauacá, Mâncio Lima, Cruzeiro do Sul, Jordão e Santa Rosa do Purus são os municípios em que os eventos acontecem. Os festivais turísticos das etnias Huni Kuin, Yawanawá, Ashaninka, Puyanawa e Shanenawa são os mais conhecidos e possuem um público consolidado de brasileiros e estrangeiros que retornam todos os anos.

De acordo com dados da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo, entre os anos 2022 e 2023, o Acre recebeu turistas principalmente dos Estados Unidos, Alemanha e Portugal.

Segundo o governador Gladson Cameli, não é possível afirmar que todos esses turistas chegaram ao estado com o objetivo de participar dos festivais e vivências indígenas, mas o etnoturismo já é a principal atração do estado.

“Não temos esse número exato de turistas porque as lideranças não têm o hábito de monitorar essa informação, mas estamos trabalhando nisso, incentivando e orientando o registro”, disse o governador.

Gladson apontou que o modelo turístico auxilia na preservação da floresta, na geração de renda e na redução do desmatamento e das queimadas para a produção agrícola, além de movimentar cerca de 150 mil a 2 milhões de reais por ano.

Esse movimento econômico não se restringe somente aos territórios indígenas onde acontecem os eventos, mas também os setores de rede hoteleira, guias, condutores, barqueiros, transporte, mercadinhos, farmácias, bares e restaurantes.

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