Jovem que morreu ao ser arrastada por caminhonete se preparava para tomar posse em concurso

Foto Cedida

A motociclista Sara Maria dos Santos Moura, de 25 anos, que morreu após ser atingida por uma caminhonete na BR-364 em Bujari, no interior do Acre, na noite de domingo (24), deixou um filho de cinco anos e estava prestes a tomar posse em cargo público na educação estadual. A família de Sara alega que o condutor da caminhonete estava embriagado e possuía garrafas de bebidas no veículo.

“Eu não sei nem o que dizer. É uma perda muito recente e ninguém espera perder alguém próximo dessa maneira tão bárbara. Era uma pessoa animada, que estava começando a vida agora. Ela ia tomar posse num concurso da educação. Trabalhadora, vinha do posto de gasolina. Estava começando a vida agora, a ter independência financeira, a dar tudo que o filho pedia. A gente está esperando a justiça”, declara.

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Acre (OAB-AC) Rodrigo Aiche, marido da gestora do posto onde Sara trabalhava, publicou um texto no qual lamenta a morte da jovem, e destaca que ela era uma funcionária exemplar.

“Sara estava em um momento ascendente da sua vida. Ela se formaria este ano, um marco que todos nós aguardávamos com grande alegria e expectativa. Além disso, tomaria posse em um concurso público do Estado do Acre neste mês, um testemunho da sua dedicação e competência. Seu futuro era luminoso e repleto de promessas não apenas para ela, mas também para todos aqueles que seriam beneficiados por seu trabalho e sua humanidade”, disse.

Investigação

Ainda de acordo com Filipe, o condutor do veículo que atingiu Sara é um comerciante de gado na região, identificado como Gilberto, e que prestou depoimento à polícia. Ele alega que o motorista não permaneceu no local depois do acidente e se apresentou no dia seguinte com um advogado.

“Ele estava embriagado, e também se evadiu do local. A gente viu lá no local, e em imagens de TV. Fiz uns prints das matérias. No dia, não deixaram a gente se aproximar, porque meu pai e minha mãe estavam lá, e o filho dela também, não queríamos ficar mais desesperados. O nome dele é Gilberto, ele é conhecido como Gibi. Ele trabalha com compra e venda de gado nessa região. Ele se entregou, mas, infelizmente, ele saiu do flagrante, se apresentou com advogado e foi liberado em seguida”.

O delegado afirmou que aguarda os laudos periciais para seguir com a investigação.

“[o motorista] Foi ouvido, outras testemunhas também foram ouvidas. Estamos fazendo outras diligências e aguardando os laudos periciais”, resumiu.

Enquanto a apuração não é concluída, a família de Sara pede que o caso não seja esquecido, e que a morte dela tenha uma resposta adequada.

“Meu pai pediu aos amigos, a todo mundo, que não deixe o caso cair no esquecimento. Ela tinha um filho de cinco anos, Davi, e está sendo muito difícil para a gente. Esse filho era do primeiro relacionamento, e ela se separou. Ela estava com um outro rapaz, há pouco tempo, e ele está tão desesperado que não quer ficar na casa que eles moravam”, acrescenta. (G1)

Compartilhar