Foto: Arquivo pessoal
A Polícia Civil do Acre prendeu, na manhã de terça-feira ,14, um jovem de 23 anos suspeito de envolvimento no assassinato de João Vitor da Silva Borges, de 21 anos. O crime ocorreu em março deste ano, em Cruzeiro do Sul, no interior do estado.
Segundo o delegado Heverton Carvalho, o preso seria integrante de uma facção criminosa que teria ordenado a morte de João Vitor. As investigações apontam que o suspeito participou de uma chamada de vídeo com outros membros da organização para decidir se o jovem seria executado.
“Esses indivíduos fizeram ligações por vídeo durante o crime. Foi possível identificar e qualificar todos os envolvidos na execução”, explicou o delegado.
João Vitor desapareceu no dia 8 de março, após sair de casa sem avisar o destino. O corpo foi encontrado três dias depois, em uma área de difícil acesso.
De acordo com a Polícia Civil, o jovem preso nesta terça era responsável pelas finanças da facção e chegou a mudar de apelido para despistar os investigadores. Durante a prisão, os agentes encontraram grande quantia de dinheiro supostamente ligada à atividade criminosa.
Com essa nova prisão, 14 pessoas já foram detidas por envolvimento no caso. O suspeito deve responder por tráfico de drogas, homicídio e organização criminosa, além de lavagem de dinheiro, em razão dos valores apreendidos.
As investigações indicam que a execução de João Vitor foi motivada por vingança. Um mês antes do assassinato, ele havia participado de uma abordagem policial no centro de Cruzeiro do Sul, ajudando a imobilizar um suspeito.
A cena foi filmada por populares e circulou nas redes sociais. Nas imagens, João Vitor aparece aplicando um “mata-leão” no homem detido. O vídeo teria provocado revolta entre os integrantes da facção, que passaram a considerá-lo um “traidor”.
“Os criminosos ficaram indignados com o envolvimento dele naquele episódio. Resolveram sequestrá-lo e, depois, executar a vítima, ocultando o corpo”, afirmou o delegado Carvalho.
A Polícia Civil informou que as investigações continuam e novas prisões podem ocorrer nos próximos dias. (Com informações G1 Acre)