Investimentos vão financiar recuperação de áreas degradadas e acesso à água potável

Foto: assessoria 

Foto: assessoria 

O Acre será contemplado com novos investimentos do governo federal voltados para a regularização ambiental, recuperação de áreas degradadas e acesso à água potável em comunidades tradicionais. O anúncio foi feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, durante evento do Programa União com Municípios pela Redução do Desmatamento e Incêndios Florestais na Amazônia (UcM).

Ao todo, Acre, Amazonas e Rondônia receberão R$ 26,9 milhões por meio do Fundo Amazônia. No caso do Acre, os recursos serão aplicados em serviços de georreferenciamento de propriedades, inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e elaboração de projetos de recuperação de áreas degradadas. As ações serão executadas pela Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), beneficiando diretamente agricultores familiares e comunidades rurais.

“Os prefeitos sabem, mais do que ninguém, os desafios enfrentados em cada região. Com os recursos certos, eles podem agir com mais eficiência contra o desmatamento e os incêndios”, afirmou Lula.

Marina Silva reforçou que os investimentos trarão avanços na regularização fundiária, ampliando o acesso a crédito e fortalecendo a governança local. “Estamos garantindo segurança jurídica, recuperação de áreas e melhores condições de vida para as famílias da Amazônia”, destacou a ministra.

Além disso, o programa Restaura Amazônia destinará parte dos recursos ao Acre, com a meta de recuperar até 2,2 mil hectares de floresta por meio de 13 projetos. A expectativa é gerar empregos, fortalecer unidades de conservação, assentamentos rurais, terras indígenas e áreas de preservação permanente. O esforço integra o Arco da Restauração, iniciativa que pretende recuperar 6 milhões de hectares até 2030.

Outro destaque é o projeto Sanear Amazônia – Água Potável para Comunidades da Amazônia, que contará com R$ 14 milhões para instalar sistemas de captação e tratamento de água em comunidades rurais. As tecnologias incluem coleta de água da chuva, tratamento de rios e poços artesianos.

O evento também apresentou novos editais do programa Restaura Amazônia, no valor de R$ 79 milhões, destinados a sete estados do Arco do Desmatamento. As propostas poderão ser enviadas até 10 de novembro, e os projetos terão até quatro anos para execução.

Com o aporte, o governo busca transformar áreas críticas em cinturões de proteção da floresta, alinhados ao Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg), que prevê restaurar até 12 milhões de hectares em todo o país.

Compartilhar