Indústria moveleira do Acre projeta nova fase de crescimento, aponta Augusto Nepomuceno

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A Expoacre 2025 se firma mais uma vez como um território de articulação entre indústria e políticas públicas. No setor moveleiro, a promessa de um novo ciclo de crescimento surge com a retomada de parcerias entre o Sindicato das Indústrias de Móveis e os governos estadual e municipal. O impacto direto: mais empregos, mais renda e uma cadeia produtiva aquecida.

Em entrevista aos portais Correio OnLine e Acre Mais, o presidente do sindicato, Augusto Nepomuceno, destacou que o setor já mantém parceria histórica com o governo do Estado, principalmente no fornecimento de móveis escolares e administrativos. Agora, a novidade vem da prefeitura de Rio Branco, que deve lançar um edital para credenciamento de empresas com foco no programa “1.001 Dignidade” — uma iniciativa voltada à fabricação de portas para habitações populares.

“Serão mais de 5.800 portas produzidas, com investimento estimado em R$ 3,7 milhões. Isso pode beneficiar até 13 empresas locais e gerar cerca de 80 empregos diretos”, afirmou Nepomuceno.

Produção local com impacto social

Segundo o dirigente, além dos empregos formais, o efeito indireto se espalha: cada trabalhador empregado movimenta sua rede familiar e sua comunidade. “Isso aquece a economia de dentro pra fora. O setor moveleiro do Acre é pequeno, mas tem força. A gente sobrevive na base do esforço coletivo”, pontua.

Mesmo diante de gargalos como a alta no custo da matéria-prima e a burocracia ambiental, o setor busca manter a produção ativa. “Fazemos malabarismo. A madeira está cara, os custos sobem, e nem sempre dá pra repassar isso pro cliente. Tem empresa com apenas um funcionário lutando pra não fechar”, relatou.

Nepomuceno também ressaltou que as isenções fiscais concedidas recentemente, como a redução de 50% no IPTU industrial em Rio Branco, são medidas que ajudam a aliviar a carga sobre os pequenos empreendedores. “Esses incentivos são essenciais para manter o setor respirando.”

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