Incidentes com pipas deixaram mais de 20 mil moradores do AC sem energia

Uso de cerol e linha chilena em pipas está proibido por lei em Rio Branco — Foto Geraldo BubniakAEN

Dado é referente aos primeiros seis meses deste ano. Número de pessoas afetadas aumentou em 10% em comparação com o mesmo período do ano passado.

Os incidentes com pipas na rede elétrica deixaram quase 23 mil moradores do Acre sem energia em 2023, segundo um levantamento feito pela Energisa Acre, que fornece energia elétrica para os municípios do estado.

Os números se concentram nos municípios de Rio Branco, com mais de 17 mil, Sena Madureira com quase 3 mil, e Cruzeiro do Sul, com 620 ocorrências de quedas de energia.

O coordenador do Centro de Operações Integrado da Energisa Acre, Rodolfo Maciel, aponta os riscos para curtos-circuitos e demais acidentes envolvendo energia elétrica. “Empinar pipa é uma brincadeira muito saudável e divertida, desde que seja longe da rede elétrica. E caso aconteça dela voar e enroscar na rede, jamais tente retirá-la”, explicou.

Riscos

Os perigos não estão somente nas quedas de energia, mas também em acidentes. A Prefeitura de Rio Branco sancionou no dia 31 de julho de 2020, a Lei Nº 2.359, que proíbe a venda de cerol e da linha chilena, utilizados para soltar pipas, sob o pagamento de multa de R$ 2 mil e apreensão do material.

O cerol é uma mistura de cola com vidro moído ou limalha e ferro. Ele é usado para cortar a linha da pipa do adversário, mas também pode causar acidentes graves e, inclusive, a morte se o corte for muito profundo no pescoço.

Já a linha chilena é ainda mais cortante que o cerol. Ela é desenvolvida em uma mistura de óxido de alumínio, quartzo moído e algodão. (Por g1)

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