A equipe do Profissão Repórter revisitou o Morro do Bumba, em Niterói (RJ), para falar com moradores sobre a vida 13 anos após a tragédia que deixou quase 50 mortos. A aposentada Euríbia dos Santos vive sozinha com a filha acamada por causa de uma doença degenerativa numa casa pode desabar.
O imóvel foi interditado pela Defesa Civil. “A menina que precisa de um remédio, de fralda, e a prefeitura não ajuda em nada”, conta a idosa, que passa mal ao lado do funcionário da Defesa Civil.
“É nervoso mesmo, porque vocês [funcionários da prefeitura] vão tudo para o lado de lá, e esquece do lado de cá”, protesta. “Eu, por mim, morrer? Morri, estou velha, mas tem meu anjo”, completa.
“Eu vou pedir para o secretário de Assistência Social mandar equipe aqui para a gente trazer esse atendimento da senhora”, explica Wallace Barbosa, secretário de Defesa Civil de Niterói, Rio de Janeiro. Em abril de 2010, ele atuava como bombeiro resgatando soterrados.
Segundo Wallace, a Defesa Civil tem um programa específico para pessoal que possuem necessidades especiais.
Questionado pela reportagem sobre a quantidade de promessas e burocracias para dar respostas à idosa, o secretário diz: “Eu vou sair daqui com os dados dela”.
“Já vieram várias vezes, mas não me dão respostas em nada”, afirma a aposentada.
Segundo ela, nenhuma providência foi tomada para auxiliá-la depois da visita do secretário.
CHECAR SE VAI TER NOTA OFICAL SOBRE OS RELATOS
O Profissão Repórter desta terça (20) também voltou a São Sebastião quatro meses após a tragédia que devastou o Litoral Norte de São Paulo, deixando 65 pessoas mortas e milhares de desabrigados após o maior acumulado de chuva em 24 horas.
(Por g1)