Iranilson Monteiro de Almeida, de 40 anos, foi preso em flagrante, no último domingo, 23, após atirar Márcia Monteiro de Almeida, de 46 anos, tia dele. A vítima foi atingida no olho esquerdo e está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Pronto-Socorro de Rio Branco, em estado grave.
Após passar por audiência de custódia, o homem foi liberado pela Justiça, mas deve observar as medidas cautelares impostas a ele: monitoramento eletrônico; proibição de contato com a vítima e familiares próximos; proibição de usar arma de fogo; recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga; e informar a UMEP os horários de trabalho.
Na decisão, o juiz Robson Ribeiro Aleixo destacou que o suspeito possui bons antecedentes criminais, os filhos dependem dele para ir à escola, tem residência fixa e concedeu a liberdade. “Entendo que não estão presentes os requisitos para decretação da preventiva, que trata-se de situação extremamente grave, mas os fatos carecem de maiores esclarecimentos, para saber o que aconteceu e para que haja imputação legitima ao acusado, a gravidade em si da situação não é suficiente para decretação da prisão. Entendo que as medidas cautelares são suficientes para o caso, concedo a liberdade provisória com a aplicação das medidas cautelares”, argumentou o magistrado.
O depoimento do suspeito
Em depoimento, Robson Ribeiro disse que possui um bom relacionamento com a tia e que não teria motivos para tentar matá-la. Ele relatou ainda que havia ingerido bebida alcoólica ao longo do dia e não se lembra de atirar em Márcia.
“Em determinado momento relata que tiveram uma discussão a respeito de uma documentação de uma casa que o interrogado comprou de sua avó. A discussão demorou no máximo cinco minutos, mas ressalta que foi uma discussão leve, ou seja, sem ofensas e nada de inimizade”, diz trecho do depoimento.
E acrescenta: “não lembra se o momento do disparo foi durante a discussão ou depois, mas acredita que, talvez, possa ter sido durante a discussão porque não se recorda com exatidão porque estaria muito embriagado.”
A arma usada no crime pertence ao suspeito, conforme a polícia, contudo ele não tem porte de arma. Iranilson acredita que esqueceu de tirar a munição da câmara da arma e que esse descuido resultou no disparo. “Foi acidental porque não tinha a intenção de disparar contra a sua tia. Afirma que não apontou a arma para sua tia e acredita que durante o manuseio disparou acidentalmente. Tem um bom relacionamento com sua tia Márcia”, diz o depoimento. (Com informações do G1 Acre)