Homem ataca ex-esposa com diversos golpes de faca na frente da filha

Homem ataca ex-esposa com diversos golpes de faca na frente da filha em Cruzeiro do Sul

Na tarde da última quarta-feira, 28, a polícia civil registrou duas ocorrências envolvendo violência contra a mulher em Cruzeiro do Sul. Entre elas, está a tentativa de um feminicídio violento. Um dono de bar, das iniciais A.C.F.O, com problemas para aceitar o fim de um relacionamento, teve uma reação altamente agressiva, atacando sua ex-esposa com diversos golpes de faca em várias partes do corpo durante uma discussão.

Ressalta-se que a filha criança do casal estava presente no momento da ação. A família da mulher ouviu os gritos e entrou no meio da briga, impedindo que o ex-companheiro a matasse. A vítima relatou que o relacionamento de ambos era bastante conturbado e que o marido demonstrava comportamentos agressivos com frequência.

A mulher está recebendo tratamento médico do estado e atendimento psicológico e social. O acusado vai responder por crime doloso de feminicídio, diante da gravidade do ataque. O delegado Renan Santana destaca a importância das vítimas comparecerem aos mecanismos de proteção à mulher e pleitearem sua medida protetiva para garantir sua integridade física e moral.

A violência contra as mulheres no estado do Acre é uma realidade iminente, muitos casos não chegam a ser reportados às autoridades competentes.

O feminicídio é, basicamente, o homicídio ocorrido contra uma mulher em decorrência de discriminação de gênero, ou seja, por sua condição social de mulher, podendo também ser motivado ou concomitante com violência doméstica.

A violência contra a mulher, que nos casos mais graves acarreta o feminicídio, é preocupante no Brasil. Dados levantados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontam que, a cada uma hora e meia, um feminicídio foi cometido em território brasileiro, entre os anos de 2007 e 2011, logo após a sanção da Lei 11.340/06, mais conhecida como Lei Maria da Penha, que visa a coibir a violência doméstica cometida contra mulheres. Por isso, a necessidade de tratar o feminicídio com maior rigidez ainda existe hoje em dia, justificando a implementação da lei.

A Lei do feminicídio introduz uma nova seção qualificadora dos homicídios simples, o que torna a pena maior. O homicídio simples pode acarretar penas de 6 a 20 anos de reclusão, enquanto os homicídios qualificados podem levar o condenado a cumprir de 12 a 30 anos de reclusão.
(Por Juruá Online)

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