Foto: Whidy Melo
Os grevistas da educação municipal de Rio Branco prometem ocupar a frente da Câmara de Vereadores nesta terça-feira, 27, em ato de pressão ao parlamento. A mobilização foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac) e reforça o impasse com a gestão municipal.
A paralisação começou oficialmente na última sexta-feira, 24, após assembleia que contou com representantes de aproximadamente 80 unidades escolares da Capital. Desde então, pelo menos 70 escolas registram adesão ao movimento grevista, que é por tempo indeterminado.
“Na terça-feira, 27 de maio, todos os grevistas em frente à Câmara Municipal de Rio Branco. Vamos pressionar os vereadores”, publicou o sindicato nas redes sociais.
Reivindicações
Entre as pautas da categoria estão:
- – Reajuste do piso salarial do magistério;
- – Concessão de auxílio-alimentação e auxílio-saúde no valor de R$ 1 mil;
- – Cumprimento da hora-atividade dos professores;
- – Garantia de direitos trabalhistas previstos em lei.
O sindicato alega que, apesar das tentativas de negociação, a gestão do prefeito Tião Bocalom (PL) não apresentou propostas concretas para atender às reivindicações.
“Caráter político”
O prefeito Tião Bocalom tem mantido um tom crítico ao movimento dos educadores. Em declaração recente, afirmou que a greve tem “caráter político” e que a Prefeitura vem honrando seus compromissos com os profissionais da educação. “Nós já pagamos um dos melhores salários do Norte para os professores. Essa greve tem viés político e não ajuda a educação”, afirmou Bocalom.
Já o secretário municipal de Educação, Alysson Bestene, afirmou que a prefeitura está “aberta ao diálogo”, mas considera a greve precipitada. “Estamos avançando em diversos pontos com a categoria. É preciso responsabilidade, especialmente com o impacto direto na rotina de crianças e famílias”, disse Bestene.
