O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), reconheceu, nesta terça-feira (18), a situação de emergência em Rio Branco, devido à inundação causada pela cheia do Rio Acre. A portaria com o reconhecimento foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). O governo do Acre decretou situação de emergência no dia 10 de março.
Agora, a prefeitura da capital pode solicitar recursos do governo federal para ações de Defesa Civil, como compra de cestas básicas, água mineral, refeição para trabalhadores e voluntários, kits de limpeza de residência, higiene pessoal e dormitório.
O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes afirmou que o governo federal está atento e pronto para agir. “A prioridade é garantir a segurança e o atendimento às famílias afetadas, além de oferecer suporte técnico e financeiro aos estados e municípios para mitigar os impactos desse desastre”, afirmou.
De acordo com o MIDR, a solicitação pelos municípios em situação de emergência deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). Com base nas informações enviadas nos planos de trabalho, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. A aprovação, é publicada no DOU com o valor a ser liberado.
Rio Acre na capital: 31 mil atingidos
O Rio Acre ultrapassou a cota de transbordo, que é de 14 metros, na manhã do dia 10 de março. O manancial na capital está acima desta marca desde a última segunda-feira (10).
O rio chegou a atingir a marca de 15,88 metros na última segunda-feira (17) e, desde então, está em vazante, marcando 15,28 metros, na medição das 15h desta quarta. A cheia ainda afeta diretamente mais de 31 mil pessoas em 43 bairros de Rio Branco.
Mais de 8,6 mil famílias diretamente afetadas pela enchente, o equivalente a 31.318 pessoas;
Pelo menos 171 famílias em abrigos, cerca de 551 pessoas;
Cerca de 598 famílias desalojadas, ou seja, que estão na casa de parentes ou amigos;
19 comunidades rurais afetadas, dentre elas três são isoladas, e 2.198 famílias rurais atingidas;
43 bairros da capital atingidos.
Decreto Estadual
Dez cidades do Acre estão emergência por causa da cheia dos rios: Rio Branco, Porto Acre, Plácido de Castro, Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Marechal Thaumaturgo, Tarauacá, Santa Rosa do Purus e Feijó.
Mais de uma semana após decretar emergência por conta da cheia dos rios Acre, Juruá, Purus e Envira, o governo do estado alterou o decreto e acrescentou os rios Tarauacá, Abunã e Moa por conta do transbordo destes mananciais. A publicação foi feita no Diário Oficial do Estado (DOE) e assinada pela governadora em exercício Mailza Assis nessa terça-feira (18).
Rio Tarauacá, que passa pelas cidades de Tarauacá e Jordão
Rio Abunã, que passa próximo a populações às margens de Plácido de Castro
Rio Môa, afluente do Rio Juruá, que passa por Mâncio Lima
Os que já estavam no decreto anterior são:
Rio Acre, que passa por Assis Brasil, Brasiléia, Epitaciolândia, Xapuri, Rio Branco e Porto Acre
Rio Juruá, que passa por Cruzeiro do Sul, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Rodrigues Alves
Rio Purus, que passa por Santa Rosa do Purus e Manoel Urbano
Rio Envira, que passa por Feijó
Rio Juruá continua subindo e causa suspensão de aulas no Acre
Por g1
Foto: Pedro Devani/Secom