A morte da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, gerou comoção nas redes sociais e entre familiares, que agora enfrentam mais uma dor: o governo brasileiro não arcará com os custos para trazer o corpo ao Brasil. A responsabilidade será integralmente da família, conforme informado pelo Ministério das Relações Exteriores.
Juliana caiu de um penhasco durante uma trilha no vulcão ativo localizado na ilha de Lombok. Ela estava desaparecida desde o último fim de semana e teve o corpo encontrado após quatro dias intensos de buscas por equipes locais. A causa da morte ainda será confirmada pelas autoridades indonésias, mas os relatos apontam para um acidente fatal em um dos trechos íngremes da montanha.
Segundo o Itamaraty, os trâmites legais para o repatriamento do corpo já estão em andamento, mas a legislação brasileira estabelece que os custos para esse tipo de operação — que podem ultrapassar R$ 50 mil — são de responsabilidade dos familiares. “O governo presta assistência consular, com emissão de documentos e intermediação com as autoridades locais, mas não cobre os custos financeiros”, informou o ministério em nota.
Amigos próximos de Juliana lançaram uma campanha de arrecadação online para ajudar a família a custear o traslado. A iniciativa visa levantar recursos o mais rápido possível, uma vez que o processo de repatriação exige agilidade para cumprimento de prazos legais e sanitários internacionais.
Juliana era carioca, ativista ambiental e apaixonada por trilhas. Em suas redes sociais, compartilhava frequentemente imagens de aventuras em meio à natureza e reflexões sobre liberdade e conexão com o planeta. A viagem à Indonésia fazia parte de um roteiro turístico por países do sudeste asiático.