Geraldo Pereira defende modelo cooperativo como alternativa à terceirização

Foto: Internet

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O pecuarista Geraldo Pereira defendeu que as cooperativas de serviços assumam a prestação de serviços públicos essenciais em Rio Branco, como a coleta de lixo e a limpeza urbana, hoje concentrados, segundo ele, em empresas privadas e contratos milionários com o poder público. A proposta foi apresentada durante a audiência pública sobre cooperativismo, realizada na sexta-feira, 17, na Câmara Municipal de Rio Branco, por iniciativa do vereador André Kamai (PT).

“Por que não são as cooperativas que fazem o papel que a empresa de limpeza faz? Em todos os municípios do Acre há espaço para isso. O dinheiro seria distribuído entre mais pessoas, e as sobras ficariam com os trabalhadores no fim do exercício. Isso não é comunismo, é capitalismo decente”, afirmou Pereira.

O parlamentar, que também preside a Federação das Organizações e Movimentos Independentes (FOMI) e integra o conselho fiscal da União das Associações de Cooperativas da Amazônia (UACB), destacou que o cooperativismo representa o “novo motor do desenvolvimento do Acre”, especialmente nas áreas rural e de serviços.

Para ele, o Estado ainda vive um “apartheid econômico”, onde grupos políticos e empresariais dominam setores estratégicos. “Tomar esse espaço não é fácil, mas é preciso começar. O cooperativismo é o caminho mais rápido e mais justo para democratizar as oportunidades e fortalecer a economia local”, disse.

Durante sua fala, Pereira lembrou que as maiores cooperativas do mundo surgiram em países capitalistas, e que mais de 150 milhões de americanos são cooperados nos Estados Unidos, principalmente em cooperativas de crédito e construção civil. “Nos Estados Unidos, entre as dez maiores construtoras, várias são cooperativas. O maior país capitalista do mundo é também o maior exemplo de cooperativismo. Isso mostra que estamos no caminho certo”, concluiu.

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