Fundhacre entra na fase final para habilitação de transplante ósseo

Foto Secom

A Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre), localizada em Rio Branco, está em fase final para obter a habilitação de realizar transplantes de tecido ósseo, procedimento que deve transformar a vida de pacientes com condições ortopédicas graves. A novidade chega como um avanço para a saúde pública do Estado, que busca expandir sua capacidade de atendimento e reduzir a necessidade de deslocamentos para outras regiões, em casos de maior complexidade.

Nesta terça-feira, 12, uma equipe designada pelo Ministério da Saúde (MS) realizou uma visita técnica ao complexo hospitalar, acompanhada pela presidente da instituição, Soron Steiner; pela secretária adjunta de Atenção à Saúde da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), Ana Cristina Moraes; e pelas coordenadoras do Serviço de Transplantes da Fundhacre e da Central de Transplantes do Acre, Valéria Monteiro e Celiane Alves, respectivamente. A inspeção inclui um relatório que será encaminhado ao MS para análise e aprovação, etapa final do processo de habilitação.

“Os transplantes de tecido ósseo são indicados em diversos cenários médicos, principalmente para tratar condições que envolvem a perda ou danos significativos ao osso e nós temos muito orgulho de poder dizer que, em breve, teremos esses procedimentos realizados aqui mesmo na Fundhacre. Isso vai gerar economia ao Estado e traz também um ganho enorme aos pacientes, que não precisarão ir para outros estados para fazer esse tipo de procedimento”, afirmou Soron Steiner.

O secretário de Estado de Saúde, Pedro Pascoal, destacou: “A equipe da Saúde já realiza um grande trabalho em outras modalidades de transplante, como o de córneas, fígado e rins, cuja habilitação foi reconquistada este ano. Com a habilitação para transplantes de tecido ósseo, esperamos coroar ainda mais esse trabalho que transforma vidas. Com o empenho de cada um dos servidores envolvidos e sob a liderança do nosso governador, esperamos continuar expandindo essa política pública, alcançando cada vez mais aqueles que precisam”.

A coordenadora da Central de Transplantes, Celiane Alves, espera que a solicitação seja atendida em breve. “Realizamos a vistoria técnica, vamos elaborar o relatório para que seja mandado ao Ministério da Saúde e, dentro das capacidades da resolutividade do hospital, em termos de equipamento material, corpo técnico e médico, esperamos ser contemplados com a habilitação do transplante. É mais um avanço na saúde do Acre e vamos fazer jus ao que o governador sempre fala, cuidar bem das pessoas”.

O futuro responsável técnico pelos transplantes de tecido ósseo na Fundhacre, ortopedista Nelson Marquezine, avaliou a importância desse procedimento para o estado: “Nossa equipe foi pioneira em transplantes de tecido ósseo na Região Norte, realizando o primeiro procedimento desse tipo em Rondônia, há cerca de seis meses. Agora estamos trazendo esse avanço para o Acre, onde será realizado o primeiro transplante ósseo da história do estado. Esse procedimento é necessário para pacientes que sofrem com condições como tumores ósseos e acidentes que causam grande perda de tecido ósseo”, explicou.

Referência em transplantes
O transplante de tecido ósseo é especialmente necessário em casos em que o próprio organismo do paciente não consegue fornecer tecido suficiente para reconstruções ósseas de grande porte, como os causados por tumores que afetam amplas regiões ósseas, acidentes que resultam em perdas substanciais de osso e cirurgias de revisão de próteses articulares. Com o suporte do banco de tecidos, a Fundhacre estará equipada para realizar procedimentos que antes exigiam a transferência de pacientes para outros centros.

Com o apoio do governo do Estado, da Sesacre e do Ministério da Saúde, a Fundhacre segue como pioneira e referência na realização de transplantes, com uma equipe treinada e pronta para atender cada vez mais necessidades da população. Essa nova autorização representa mais um passo importante para a instituição, que amplia sua capacidade de oferecer tratamentos de alta complexidade aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

Por Luanna Lins/Secom
Foto: Gleison Luz/Fundhacre

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