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O presidente do Conselho Municipal da Filadélfia, Erlan Chao, soou o alarme sobre um problema que vem ganhando proporções preocupantes na região norte da Bolívia: o vazamento massivo de açaí para os países vizinhos, especialmente o Acre, no Brasil, e regiões do Peru. Segundo a autoridade, a alta demanda internacional está desequilibrando a balança produtiva local e ameaçando a sustentabilidade do fruto símbolo da floresta.
Segundo ele, em entrevista a jornalistas de Cobija, as duas únicas fábricas de processamento de açaí na Reserva Manuripi, em Pando, já operam sob risco iminente de fechamento, situação que pode deixar dezenas de famílias sem renda. A retirada sem controle do produto bruto para exportação está minando a cadeia produtiva interna, comprometendo a indústria local que depende do beneficiamento direto do açaí para se manter ativa.
Chao argumenta que, sem medidas urgentes de contenção ou regulação, o município enfrentará um colapso econômico de grandes proporções. “Estamos assistindo à saída do nosso recurso mais valioso, sem retorno e sem planejamento. Se continuarmos assim, a comunidade ficará sem meios de sobrevivência”, alertou o presidente.