Foto: Portal Correio online
A Tarauacá Rural Show 2025 não é apenas um espaço de negócios e entretenimento. Entre os estandes de tecnologia, os rodeios e as exposições, um ambiente diferente tem chamado a atenção: a Fazendoteca, iniciativa inédita que se apresenta como uma verdadeira “biblioteca humana”.
O espaço foi pensado para que crianças e estudantes vivenciem de perto o universo do campo, o contato com os animais e a importância da agricultura familiar para a vida das comunidades. Coordenada pelo professor Luis Henrique Ebling Farinatti, em parceria com a Universidade Federal do Acre (UFAC) e com a organização da feira, a Fazendoteca deve receber até 16 escolas entre sexta e sábado, promovendo uma experiência prática e educativa.
“A Fazendoteca é mais do que uma exposição, é uma biblioteca humana. Nosso objetivo é trazer as crianças para viverem o agro de perto, entenderem como funciona a produção e perceberem a importância do contato com os animais para a formação delas”, explica Farinatti.
A primeira turma recebida foi de crianças com necessidades especiais, um gesto que reforça o caráter inclusivo do projeto. A vivência envolveu desde atividades simples de observação dos animais até conversas com produtores sobre o papel da agricultura familiar na mesa de todos.
“Começamos com um grupo de crianças especiais, porque acreditamos que o agro também deve ser espaço de acolhimento e inclusão. Elas puderam tocar, sentir e aprender com os animais, e isso nos mostra que a educação do campo é para todos”, disse o coordenador.
“O professor destaca que a Fazendoteca busca aproximar escola e campo, oferecendo às novas gerações um olhar mais real sobre o trabalho do produtor rural.
“Quando a gente fala de agricultura familiar, falamos de gente que produz o alimento de cada dia. O contato direto com os animais e com a realidade do campo ajuda os estudantes a valorizarem esse esforço e a entenderem que o agro é parte da vida deles, mesmo morando na cidade”, ressalta Farinatti.
A proposta, segundo ele, vai além da feira. A ideia é consolidar a Fazendoteca como um espaço permanente de educação agroambiental, capaz de unir pesquisa, tradição e inovação.
“Queremos que os estudantes saiam daqui com outra visão: que o agro não é distante, que a agricultura familiar é fundamental e que os animais são parte essencial desse processo. É uma experiência que pode transformar a relação deles com a natureza e com a alimentação”, conclui.