Famílias protestam em Rio Branco e cobram justiça por vítimas de acidente com caminhonete

Fotos de David Medeiros

Manifestantes pedem responsabilização do motorista envolvido em colisão que matou dois trabalhadores e feriu outros dois

Familiares e amigos dos trabalhadores da empresa VIP Segurança realizaram na manhã desta quarta-feira (1º), um protesto na ponte Juscelino Kubitschek, em Rio Branco (AC), conhecida como ponte metálica, em busca de justiça pelas vítimas do grave acidente ocorrido no dia 17 de abril, na Via Verde, próximo à terceira ponte da capital.

O acidente envolveu uma caminhonete Ford Ranger que, segundo testemunhas, atingiu duas motocicletas ocupadas pelos funcionários. As vítimas fatais foram Márcio Pinheiro e Carpegiane de Freitas Lopes, ambos trabalhadores da empresa. Outras duas pessoas ficaram feridas — uma delas permanece internada em estado grave e outra está acamada, se recuperando em casa.

A principal revolta dos familiares é com a decisão da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que permitiu que o motorista da caminhonete deixasse o local sem ser detido, mesmo após o acidente com mortes.

“Já se passaram 16 dias e não temos nenhuma resposta. O motorista não prestou socorro, não ajudou com nada e ainda está solto. Queremos explicações da PRF sobre por que ele foi liberado. Isso não pode ficar impune”, declarou Marcos Antônio, irmão de Márcio.

Durante o ato, Marcos fez um apelo público às autoridades e ao próprio condutor do veículo.

“Que ele se apresente, que arque com as consequências do que fez. Tirou vidas, destruiu famílias. Nós estamos sofrendo”, afirmou, visivelmente emocionado.

Também presente no protesto, Katiane, irmã de Carpegiane, reforçou a cobrança por justiça e criticou a falta de ação concreta.

“O motorista não apareceu, não prestou nenhum tipo de apoio. Apenas um advogado apareceu para falar em nome dele, mas isso não é suficiente. Queremos ver ele respondendo pelo que fez”, disse.

Ela também questionou a atuação da PRF no dia do acidente:

“O próprio delegado já disse em entrevista que o correto era ele ter sido conduzido ao Defla. Por que isso não foi feito? As famílias estão destruídas e ninguém pode seguir como se nada tivesse acontecido.”

O caso segue sob investigação, e os familiares aguardam manifestação oficial das autoridades responsáveis pela apuração. O clima entre os presentes era de dor, inconformismo e forte apelo por justiça.

Com informações ac24horas

Fotos de David Medeiros

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