Jovens morreram durante serviço em condomínio; empresa ainda não se manifestou
Oito dias após o acidente que tirou a vida dos trabalhadores Ruan Roger, de 32 anos, e Diony Magalhães, de 22, familiares ainda aguardam respostas sobre o que realmente aconteceu durante o serviço de pintura dentro de uma caixa d’água, no condomínio Via Parque, bairro Floresta Sul, em Rio Branco.
De acordo com os relatos, os dois estavam realizando a pintura interna do reservatório quando teriam inalado vapores tóxicos da tinta, o que causou hipóxia cerebral — falta de oxigênio no cérebro. Eles não resistiram.
A tragédia gerou comoção e levantou sérias dúvidas sobre as condições de segurança no ambiente de trabalho. Familiares afirmam que a empresa responsável pela obra não ofereceu suporte e ainda não apresentou esclarecimentos sobre o ocorrido.
“Queremos entender o que houve. Até agora, nada foi explicado. É como se eles tivessem morrido e pronto. Mas eram vidas, eram sonhos”, desabafou Dionelio de Freitas, pai de Diony, que estava no seu primeiro emprego.
Diony completaria 23 anos nesta quinta-feira (19). A família preparava uma pequena comemoração, que nunca aconteceu. A mãe, Irla Marcela, lamenta: “Ele falava que queria trabalhar, juntar dinheiro, fazer uma família. Mas isso foi tirado dele.”
As famílias cobram investigação rigorosa sobre o caso e querem saber se os dois jovens estavam usando os equipamentos de proteção adequados e se os protocolos de segurança foram seguidos.
Enquanto aguardam por justiça, os parentes de Ruan e Diony enfrentam a dor de uma perda irreparável — e o silêncio de quem deveria, ao menos, dar explicações.
Com informações ac24horas