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A crise do transporte coletivo de Rio Branco voltou a incendiar o plenário da Câmara nesta quarta-feira, 17. O vereador Fábio Araújo (MDB) usou a tribuna para denunciar o que classificou como uma “manobra obscura” na tramitação do projeto que prevê aumento do subsídio pago às empresas de ônibus.
Segundo o parlamentar, há uma contradição central que levanta suspeitas: enquanto o parecer técnico da RBTrans fala em um acréscimo temporário de R$ 0,50, o projeto entregue aos vereadores traz o dobro, R$ 1,00. “Se eu tenho um parecer do procurador geral citando cinquenta centavos e no projeto aparece um real, tem alguma coisa errada. Isso não é detalhe, é um descompasso que compromete todo o processo”, disparou.
Araújo foi além e chamou a tramitação de um verdadeiro “conto de fadas” dentro da autarquia municipal. O vereador também destacou a ausência de assinatura em um parecer técnico e cobrou explicações das comissões de Constituição e Justiça, de Orçamento e da liderança do prefeito João Bocalom.
Amparado pela Lei Federal de Mobilidade Urbana (12.587/2012), o vereador lembrou que qualquer subsídio tarifário precisa ser transparente, definido em contrato e baseado em critérios objetivos de produtividade e eficiência.
“Estão falando de eficiência que o transporte público não tem. E se alguém me mostrar onde está esse orçamento dentro do projeto, eu me calo”, concluiu, sob aplausos de parte do público presente.