O vereador Fábio Araújo (MDB) usou o seu tempo de tribuna na Câmara Municipal de Rio Branco nesta quarta-feira (24), para apontar as contradições nos programas apresentados pelo prefeito Tião Bocalom. Segundo o vereador, o prefeito mente sobre o andamento dos seus principais programas: Asfalta Rio Branco, 10001 Dignidades e Recomeço, além de não assumir a responsabilidade das promessas que não são cumpridas.
Fábio afirmou que Bocalom mentiu sobre o projeto Asfalta Rio Branco, dizendo que o Ministério Público do Acre (MPAC) impediu que mais de 600 ruas fossem pavimentadas; mentiu quando disse que todos os móveis do programa Recomeço não foram entregues por um impedimento do Tribunal Regional Eleitoral; e mentiu sobre o projeto 1001 dignidades, dizendo inicialmente que as casas seriam concedidas no dia 8 de maio e mudando a data de entrega do programa, divulgando que serão entregues somente depois das eleições.
“Prefeito, assuma que sua gestão não teve capacidade de tocar o programa 1001 dignidades. O MPAC iniciou uma investigação, porque o programa se quer tem um projeto, não tem planilha orçamentária, não tem a planta das casas, não tem pedido de licenciamento ambiental. Prefeito, assuma a responsabilidade que do que o senhor prometeu, coloque os seus projetos para andar. Não fique aqui mentindo para a população. Só tenho a lamentar mais uma vez essa falta de compromisso”, concluiu o vereador.
Justificando o andamento dos projetos da prefeitura, o líder do prefeito na casa, vereador João Marcos Luz (PL) disse que Fábio, como oposição, deveria debater sobre outras questões “mais importantes no município de Rio Branco”: “Temos uma cidade com muitas dificuldades e eu vejo aqui que a oposição se atem aos buracos. Fala do projeto de 1001 dignidades porque não tem pauta, se tivesse, olharia para os problemas reais da cidade e falaria das insegurança que vivemos, do desemprego. Esses são os problemas que a oposição deveria levantar, mas não tem conteúdo, querem apenas desgastar a gestão”, defendeu.
João Marcos disse ainda que o programa 1001 dignidades está “em pleno vapor” e que o trabalho está acontecendo todos os dias para que a entrega seja realizada “em um momento oportuno”. Luz falou também que o Ministério Público iniciou um inquérito de apuração para verificar se os serviços estão sendo realizados legalmente, mas que o MPAC “não seria contra um projeto como esse.”
