Ex-moradores do Terra Prometida vão continuar acampados na Aleac

Foto Cedida

Famílias recusam as propostas do governo:“O que ele ofereceu para gente foi a mesma coisa de sempre, que é a Expoacre e o aluguel social”.

“O diálogo sempre será a chave para a resolução de conflitos”. A frase é do governador Gladson Cameli ao pontuar sobre os os ex-moradores da invasão Terra Prometida, localizada na região do Bairro Ireneu Serra, na capital acreana.

O chefe do Executivo estadual recebeu, na sede da Casa Civil, um grupo de ex-moradores na noite da terça-feira, 5, após a turma realizar um protesto durante a formatura de oficiais e praças da Polícia Militar, em frente ao Comando Geral da PMAC.

Após a retirada das famílias das áreas invadidas, o governo do Estado os inseriu no cadastro do Aluguel Social, além de disponibilizar Parque de Exposições Wildy Viana, no 2º Distrito de Rio Branco, para receber temporariamente a população que não tinha lugar para ir.

O governo do Acre anunciou ainda a construção inicial de 234 apartamentos no terreno onde ocorreu a reintegração de posse, por meio do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.

Posteriormente, algumas famílias acamparam no hall de entreda da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) sob a alegação de terem tido dificuldade em acessar o aluguel social.

Reunião com o governador

Na reunião, o governador Gladson reforçou que o Estado faz o que está ao alcance para proporcionar bem-estar as famílias do Terra Prometida.

Já o secretário Alysson Bestene pontuou que além do aluguel social e um espaço no Parque de Exposições, foi cedido as famílias 25 lotes de terra para que parte dos moradores possam construir residências provisórias. Para terem acesso, as pessoas terão que comprovar renda e não podem ter vínculo de moradia.

Bestene confirmou também que as obras dos apartamentos iniciam em janeiro de 2024.

Após ouvir a equipe do governo, os ex-moradores do Terra Prometida recusaram as propostas. Eles alegam que as medidas adotadas pelo Estado não são seguras. “O que ele ofereceu para gente foi a mesma coisa de sempre, que é a Expoacre e o aluguel social. Como é que a gente vai conseguir alugar uma casa se só tem o dinheiro 30 dias depois e só se a pessoa se enquadrar nos requisitos?”, diz Laiana Silva, integrante do movimento que esteve presente na reunião com Gladson.

Os ex-moradores da Terra Prometida prometem permanecer na Aleac por tempo indeterminado.

Compartilhar