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A falta de ônibus para atender a comunidade acadêmica voltou a ser tema de pressão pública nesta quarta-feira, 17. Representantes do movimento Sem Parar e do Centro Acadêmico de Pedagogia da Universidade Federal do Acre (Ufac) ocuparam a tribuna da Câmara Municipal de Rio Branco para denunciar a precariedade do transporte coletivo e cobrar posicionamento dos vereadores diante da crise.
Cristina, presidente do Centro Acadêmico de Pedagogia, destacou que a situação tem inviabilizado o acesso de muitos estudantes às aulas. “Todos os dias os ônibus quebram. Quando conseguimos pegar, eles chegam atrasados. Muitos colegas saem do trabalho direto para a universidade e não conseguem chegar. Isso também significa negar acesso à educação”, afirmou.
A estudante frisou ainda que a insegurança é maior entre as alunas, que ficam à noite sem garantia de transporte. “Há cursos compostos majoritariamente por mulheres. Muitas vezes o ônibus que deveria sair às 22h45 simplesmente não aparece, e elas ficam esperando na parada, vulneráveis. Isso é também uma questão de segurança”, disse.
Segundo os estudantes, atualmente apenas um ônibus da empresa atende os campi da Ufac — FAC Avenida Ceará, FAC Rodoviária e o IFAC —, o que não supre a demanda. Eles reivindicam que a Câmara e a prefeitura discutam soluções como subsídio emergencial ou nova licitação para garantir a continuidade do serviço.
“Queremos que o transporte não suma. A universidade funciona manhã, tarde e noite, e os ônibus não entram no campus em todos os horários. A prefeitura não responde e a Câmara ainda não se posicionou. Viemos cobrar que os vereadores estejam conosco nessa luta”, reforçou Cristina.
Os estudantes afirmaram que já dialogam com o vereador André Kamai (PT) e também buscaram contato com o vereador Zé Lopes (PTB), mas esperam que toda a Casa assuma compromisso diante do problema.