Com tecnologia e tradição familiar, produtor participa da Expoacre há quatro anos e defende produtividade com sustentabilidade no coração da Amazônia
No coração do Acre, na Vila Campinas, município de Plácido de Castro, a Estância Frei Galvão vem escrevendo uma nova página da pecuária regional. Sob comando do pecuarista Cândido Galvão, a propriedade alia tradição familiar à tecnologia de ponta, apostando na genética das raças Nelore e Sindi para elevar a produtividade sem avançar sobre a floresta.
“Trabalhamos com seleção há oito anos, buscando sempre o melhor da raça, tanto na beleza quanto na produção. E a tecnologia tem sido essencial para isso”, afirma Galvão, que está no estado há 13 anos e vê no Acre um celeiro genético com potencial para competir com qualquer outro polo do país.
A propriedade atua com inseminação artificial em tempo fixo (IATF) e transferência de embriões, métodos que permitem acelerar o melhoramento genético do rebanho. Para o produtor, o grande diferencial dessas técnicas é justamente a capacidade de produzir mais, em menos área — uma resposta direta à necessidade de conciliar pecuária e preservação no bioma amazônico. “Com a genética certa e tecnologia, a gente não precisa derrubar nada. Produzimos muito mais na mesma área”, destaca.
Além do tradicional Nelore, a estância investe na raça Sindi — ainda recente na região, mas de alto valor genético e adaptabilidade ao clima amazônico. Cândido Galvão é um dos criadores que impulsionam a presença do Sindi no estado, levando animais aos leilões da Expoacre 2025 e movimentando o mercado com novos negócios.
Expoacre 2025
Na 50ª edição da maior feira agropecuária do estado, a Estância Frei Galvão participa pela quarta vez, consolidando seu nome como referência em genética e inovação no Acre. Para o pecuarista Cândido Galvão, a Expoacre é mais do que um evento: é uma vitrine estratégica para quem aposta na excelência e quer abrir caminhos no mercado. “É aqui que mostramos nosso trabalho, firmamos parcerias e fechamos bons negócios todos os anos”, afirmou.
Tradição e futuro
Em tempos em que a pecuária ainda é apontada como vilã na Amazônia, experiências como a da Estância Frei Galvão mostram que é possível fazer diferente. Com raízes fincadas na tradição e os olhos voltados para o futuro, o trabalho de Cândido Galvão é um exemplo do Acre que quer crescer sem abrir mão da floresta — e que aposta na genética como caminho para conciliar produção e preservação, com o protagonismo de quem conhece o chão que pisa.