Os Estados Unidos se consolidaram como o principal destino das exportações brasileiras de ovos, superando com folga os Emirados Árabes Unidos, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
De janeiro a março, os norte-americanos adquiriram 2.705 toneladas do produto, volume 346,4% superior ao registrado no mesmo período de 2024. Em comparação, os Emirados Árabes, que antes ocupavam o topo da lista, importaram 1.422 toneladas, representando uma queda de 9%.
Outros países também ampliaram suas compras, como o Chile, com 1.182 toneladas (+65,4%), o Japão, com 846 toneladas (+132,4%), e o México, que recentemente passou a importar ovos brasileiros, com 576 toneladas.
De acordo com o presidente da ABPA, Ricardo Santin, a maior presença do Brasil no mercado norte-americano se deve à recente abertura para a exportação de ovos destinados ao termo processamento para consumo humano. “É um avanço importante para o setor, sem comprometer a oferta no mercado interno, já que essas exportações representam cerca de 1% da produção nacional”, afirmou.
O crescimento nas compras dos EUA ocorre em um momento delicado para a avicultura local, que enfrenta surtos de gripe aviária e perdas expressivas de plantel, o que fez os preços dos ovos dispararem no país.
Apesar da situação sanitária estar sob controle no Brasil, com nenhum caso registrado em granjas comerciais, o preço do ovo também subiu por aqui. Somente em março, a alta foi de 20% em relação a fevereiro, segundo o IBGE. A demanda maior durante a Quaresma, o calor intenso e o encarecimento do milho, principal insumo da ração, contribuíram para esse aumento. (Com informações do G1)