Foto: Diego Gurgel/Secom
Em clima de conciliação política e discurso afetivo, o governador Gladson Cameli (Progressistas) recebeu o presidente Lula, na sexta-feira, 8, em Rio Branco, destacando a união entre diferentes espectros políticos e o anúncio de R$ 1,1 bilhão em recursos federais para o estado.
“O senhor é bom, presidente, porque está unindo esquerda e direita juntos. Governar para todos é o nosso grande objetivo”, disse Cameli, quebrando o protocolo e arrancando aplausos da plateia. Em um gesto incomum no meio político, chamou Lula de “meu bichin” e o definiu como “um pai e um avô para o Acre”.
A passagem de Lula pelo Acre incluiu a confirmação de investimentos que contemplam infraestrutura, educação, energia, regularização fundiária, agricultura familiar e ações socioambientais. Entre os destaques, estão: a recuperação e manutenção da BR-364, principal ligação entre a capital e o interior; ampliação de campi do Instituto Federal do Acre (Ifac) e criação de um campus em Feijó; construção de unidades habitacionais e entrega de títulos de propriedade; e novos equipamentos para escolas e expansão do programa de alimentação escolar.
Cameli pediu celeridade nas obras da BR-364, ressaltando que a estrada é vital para o escoamento da produção e o deslocamento da população. Também reforçou apoio à implantação da Ferrovia Transoceânica, que ligará o Brasil ao Pacífico.
União política como estratégia
No discurso, o governador afirmou que a visita de um presidente da República “é, antes de tudo, um gesto de respeito e cordialidade com a população” e defendeu que as diferenças partidárias devem ficar restritas ao período eleitoral. “Soberano mesmo é o povo”, frisou.
Cameli lembrou que foi um dos primeiros governadores a cumprimentar Lula após a vitória em 2022 e reafirmou disposição para manter a parceria. “Sem cores, sem preferências, sem enfrentamentos”, disse.
Por fim, em tom bem-humorado, Cameli fez um apelo: que o Acre seja contemplado com um hospital universitário. “Volte mais uma vez aqui com mais investimento pra nós. Lá em Brasília, não se esqueça desse estado que lutou pra ser brasileiro”, pediu.