A situação do Esporte Clube Humaitá no Campeonato Brasileiro da Série D, grupo A1, é lamentável. A equipe, que mais uma vez conseguiu a classificação para disputar a competição nacional, não demonstrou preocupação em investir na formação de um elenco competitivo para representar dignamente o Estado do Acre e o município de Porto Acre.
Três técnicos já passaram pelo comando da equipe nesta temporada. O primeiro foi Kinho Brito, que permaneceu apenas uma partida, sendo rapidamente substituído por Erismeu Silva. Este, por sua vez, também não obteve êxito e pediu demissão, alegando falta de empenho por parte dos jogadores e, principalmente, a ausência de reforços. Algumas peças, que deveriam ter sido substituídas imediatamente, continuaram atuando, mesmo sem apresentar rendimento satisfatório em campo.
Sem saber o que fazer, a diretoria colocou o técnico interino Leandro Andrade no comando. O resultado? Mais uma goleada sofrida, desta vez em Manaus, contra o Manauara, pelo placar de 5 a 0. Após o vexame, Leandro soltou o verbo:
“Só depende de nós mesmos reverter essa situação.”
O treinador afirmou que a equipe precisa entrar mais concentrada nos jogos, demonstrar vontade, garra e tentar apagar a marca negativa de 20 jogos sem vencer, com apenas um empate nesse período.
Fica evidente que futebol exige planejamento e profissionalismo. O Humaitá está envergonhando o futebol acreano, que já teve representantes na Série C, com chances reais de alcançar a Série B, ficando de fora apenas por detalhes.
Com a pífia participação do “Tourão”, o ranking do futebol acreano tende a sofrer um duro golpe. A prova disso é a renda do jogo contra o GAS de Roraima: apenas R$ 230,00, com um total de 23 pagantes na Arena da Floresta — um verdadeiro vexame para o futebol do Acre em uma competição nacional.
O próximo compromisso do Humaitá será no domingo (01) na Arena da Floresta, contra o Águia de Marabá.