Em protesto, moradores pedem recuperação de ramal em Cruzeiro do Sul

Foto: Rayza Lima/Rede Amazônica

Os moradores do Ramal do Escondido, em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, interditaram a BR-307, conhecida como Variante, nesta terça-feira (12) em protesto pela recuperação do ramal. A rodovia, que ficou fechada das 7h30 às 11h, dá acesso à cidade de Rodrigues Alves.

O morador Pedro da Cruz Azevedo informou que o ramal tem cerca de 10 quilômetros e que precisam de manutenção por parte da prefeitura. Segundo ele, durante o inverno, o local fica totalmente sem acesso e a comunidade acaba sendo prejudicada por não conseguir se locomover, especialmente, para fazer a retirada da produção para venda. No local, tem cerca de 50 famílias morando e 116 trabalhando.

“Nossa reivindicação é por melhorias em nosso ramal, o inverno está chegando e a prefeitura falou que iria entrar para fazer o serviço, mas até agora não tivemos de nada. No inverno estraga muito a produção, porque não tem como tirar pelo ramal. São 116 famílias que precisam ter acesso. A situação é complicada, no ano passado teve um morador que se acidentou e tivemos que trazê-lo na rede até a cidade, porque não tem acesso. Quando chove aqui nem caminhão entra nesse ramal”, disse o morador.

O vice-prefeito de Cruzeiro do Sul, Henrique Afonso informou que a prefeitura tem conhecimento da situação do ramal e que, no ano passado, chegou a trabalhar por dois meses no local. Segundo ele, existe previsão de, a partir do dia 15, uma equipe deve ir fazer a melhoria nas pontes do ramal.

“A prefeitura já esteve lá e realmente é um ramal que é perto da cidade, já tem muitas famílias e são bastante produtivos, mas que têm bastante dificuldades. É um projeto de assentamento do Incra. Quando fizemos visita, percebemos que ali não dá para a prefeitura resolver tudo sozinha, porque além desse, temos mais de 10 ramais para dar conta. Assumimos o compromisso de voltar lá esse ano. No ano passado, nós passamos dois meses trabalhando lá e vamos voltar, assumimos esse compromisso a partir do dia 15, para que a gente possa melhorar as pontes e ver outras reivindicações que eles têm”, afirmou Afonso.

Moradora da região há 8 anos, Francinete Cruz de Azevedo disse que a situação do ramal é crítica. “Ninguém faz nada por nós, quando é no inverno fica todo mundo a pé, o produto que tem estraga todo no ramal, quem tem criança pequena não tem como sair para estudar. Estamos reivindicando nossos direitos para ver se fazem alguma coisa por nós, porque desse jeito não tem como.” (G1)

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