Em Brasileia, Defesa Civil ainda não liberou o retorno as casas atingidas pela cheia

Foto Cedida

Após o Rio Acre atingir a marca histórica de 15,58 metros na cidade de Brasiléia, no interior do Acre, os moradores do município atingidos pela enchente ainda não têm previsão para voltarem para suas casas. A prefeitura da cidade informou que é necessário a liberação da Defesa Civil Municipal para que os moradores possam retornar às suas residências.

“A Defesa Civil não recomendou a volta pra casa, não teve aquela operação volta pra casa, entende? Porque é muito prejuízo, muitas casas destruídas”, disse a gestora ao pontuar ainda a destruição na cidade. “A cidade está destruída. Não tem acesso nem nas ruas, desmoronou e tá cheio de entulho. Mas uma força-tarefa já foi montada e deve começar hoje a limpeza geral da cidade”, frisou.

No último sábado, 2, o nível do rio marcava 9,75 metros, abaixo da cota de alerta que é de 9,80 metros. Na segunda, 4, e terça, 5, não foi divulgada a medição do manancial na cidade.

Doze bairros foram atingidos pela cheia do Rio Acre, sendo que 1.276 pessoas ficaram desabrigadas, 2.200 desalojadas. Dezesseis abrigos foram disponibilizados pela Prefeitura de Brasileia, conforme dados disponibilizados pelo governo do Estado.

Em todo o Estado, pelo menos 26.449 pessoas estão fora de casa em todo o estado, dentre desabrigados e desalojados, segundo a última atualização feita pelo governo do estado na segunda, 4. Além disso, 19 das 22 cidades acreanas estão em situação de emergência por conta do transbordo de rios e igarapés. Ao menos 23 comunidades indígenas no interior do Acre também sofrem com os efeitos das enchentes e quatro pessoas já morreram em decorrência da cheia.

Remanejamento da cidade

Durante a visita dos ministros da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes e Meio Ambiente, Marina Silva, em Brasileia, na última segunda-feira, 4, a chefe do Executivo Municipal, prefeita Fernanda Hassem, defendeu o remanejamento da cidade.

“Não dá para construir mais casas onde alaga. Essa oportunidade é única, temos todos os poderes aqui. A prefeita não foge da responsabilidade, o governador também não. E com vocês ministros estão aqui vendo a situação de perto. Vamos trabalhar para mudarmos essa realidade a curto, médio e longo prazo”, disse Hassem.

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