Em audiência pública convocada pelo deputado estadual Gene Diniz (Republicanos), que acontece nesta quinta-feira, 18, na Assembleia Legislativa do Acre, os policiais e bombeiros militares estaduais reivindicam um realinhamento salarial prometido pelo atual governador do Acre ainda em época de campanha, no ano de 2018. Segundo os militares, uma correção orçamentária que foi prometida pelo governo deve ser realizada, além de reformas e melhorias nos quarteis militares do Estado.
Os servidores pedem uma remuneração proporcional às suas atribuições e um ajuste na pirâmide da categoria e alegam que os militares em reserva encerram a carreira ganhando um valor percentual menor do que quando iniciam. No debate, os militares trouxeram à público que a última negociação remuneratório aconteceu em dezembro de 2015, acumulando atualmente uma defasagem salarial superior a 52%, considerando o IPCA/IBGE.
“Nós estamos pedindo somente aquilo que foi garantido pra nós, lá em 2018, ainda quando o governador Gladson era candidato. Hoje nós estamos aqui pedindo, cinco anos depois e nada nos foi atendido. Nós passamos 10 anos para ter uma ascensão na carreira, e aí o aumento foi de 130 reais. Isso é injusto demais, é muito sofrimento, é humilhante. Chega governador, cumpra sua promessa. Nós estamos aqui, nós somos pais e mães de família, são pessoas dependentes desse salário, nós não temos nada fora disso”, expõe o sargento Gean Messias, da Associação dos Praças da Polícia Militar.
O Coronel Araújo, também da Polícia Militar, conta que as reinvidicações são negadas pela administração estadual com o argumento de impossibilidade por conta da Lei de Responsabilidade Fiscal. Araújo contrapõe o governo, pedindo um planejamento, feito com cronograma, para conseguir atender à reposição orçamentária: “Seis anos de espera e o governo não tem nada concreto. Eu noto que o governo não tem planejamento, sabe do problema e não estabelece um cronograma pra fazer a reposição não só dos militares, mas também de outras categorias”, apontou o coronel.
Além da correção da distorção da remunerações e da correção no “achatamento salarial” dos servidores em reserva, os militares também pedem por uma mudança na Lei de Remuneração de Militares, que segue sendo a mesma desde 1997.