Edvaldo Magalhães critica governo por promessas não cumpridas e anuncia ação judicial no Dia dos Professores

Foto SÉEGIO VALE

Na sessão desta terça-feira, 15 de outubro, o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) aproveitou a data comemorativa para prestar homenagem aos professores, ao mesmo tempo em que fez duras críticas ao governo estadual pela falta de cumprimento de promessas relativas à categoria. “Eu sou professor de carreira, fundador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação, e neste Dia dos Professores e Professoras, não posso deixar de lembrar da dívida não paga, prometida na campanha pelo governador Gladson Cameli”, afirmou ele, referindo-se à recomposição do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) dos profissionais da educação.

O parlamentar relembrou que o governo, representado pelo secretário de Educação, Aberson Carvalho, e a então secretária e atual deputada Socorro Neri, prometeu em várias ocasiões corrigir as distorções salariais que prejudicaram os professores. “Diminuíram os salários, subtraíram direitos conquistados há décadas e, até hoje, a injustiça permanece. A promessa de resolver essa questão após os números da arrecadação de julho foi mais uma mentira dita e redita pela cúpula do governo”, criticou.

O oposicionista enfatizou ainda que o governo não apresentou, até o momento, o projeto de lei que corrigiria essa injustiça, e aproveitou o momento para cobrar uma ação efetiva do executivo. “É um crime e uma covardia cometidos contra os professores, com o apoio da maioria absoluta desta Casa.”

Além da questão salarial, o deputado também abordou outro tema sensível: o edital do concurso público para a educação. Segundo ele, o edital foi retificado diversas vezes, mas ainda contém uma falha grave que quebra o princípio da isonomia entre os concorrentes: a exigência de uma videoaula como critério de classificação. “A videoaula não trata de forma isonômica os candidatos. O acesso às tecnologias é desigual no estado. O IBGE diz que 46 mil lares do Acre não têm acesso à internet”, apontou.

Edvaldo Magalhães também criticou o formato de avaliação, que será feito remotamente, sem a devida imparcialidade: “Isso é injusto e ilegal. E é por isso que, no Dia dos Professores, estou entrando na Justiça, no Tribunal de Justiça do Estado do Acre, com um pedido de liminar para suspender esse item do edital”, anunciou.

O parlamentar concluiu sua fala reforçando seu compromisso com a luta dos professores e anunciando que voltaria ao grande expediente para tratar de outros temas relacionados. Magalhães fez questão de reafirmar sua solidariedade com a classe docente, destacando que a batalha pela valorização dos profissionais de educação ainda está longe de ser concluída.

Texto: Mircléia Magalhães/Agência Aleac

Foto: Sérgio Vale

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