Foto: Portal Correio online
O vereador Éber Machado (MDB) utilizou a tribuna da Câmara Municipal de Rio Branco na terça-feira, 7, para denunciar irregularidades na operação da Zona Azul e cobrar explicações sobre obras públicas recém-inauguradas com falhas estruturais. Em discurso firme, o parlamentar acusou a gestão municipal de falta de transparência e desrespeito ao dinheiro público.
Segundo Éber, a empresa Rizo Park, responsável pela cobrança de estacionamento rotativo na capital, atua de forma irregular desde 2022. Ele apresentou um documento oficial da RBTrans que confirma a ausência da autorização definitiva para o funcionamento do serviço. “A própria RBTrans reconheceu, por escrito, que a empresa estava operando sem o documento exigido. Isso é crime de prevaricação. O órgão sabia e nada fez”, afirmou o vereador.
O parlamentar revelou ainda que foi acionado judicialmente após a denúncia, mas garantiu que não será intimidado. “Cumpri o papel que o povo me deu. Se for preciso ir à Justiça para defender a população, eu vou. Custe o que custar”, declarou.
Críticas às obras públicas
Durante o discurso, Éber exibiu um vídeo com imagens de obras inauguradas recentemente pela Prefeitura e que já apresentam falhas. Entre os exemplos citados estão a Praça da Vila Custódio Freire, entregue no ano passado e atualmente em reforma, e a ponte da Porto Judia, que teve custo estimado em R$ 9 milhões. “Essas são as obras de qualidade das quais o prefeito se orgulha. O dinheiro do povo está sendo desperdiçado, e ninguém é responsabilizado”, criticou.
O vereador afirmou que as denúncias sobre a má execução das obras foram encaminhadas ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado, mas lamentou a falta de retorno das instituições de controle. “A gente mostra as provas, apresenta documentos, e nada acontece. É desanimador, mas seguimos cobrando porque esse é o nosso dever”, disse.
Para Éber, os episódios da Zona Azul e das obras mal executadas revelam um mesmo problema: falta de gestão e desrespeito com a população. “O que está em jogo não é um erro pontual, mas uma sequência de descuidos que atinge a cidade inteira. É preciso tratar o recurso público com responsabilidade”, concluiu.