Foto: Portal Correio Online
O vereador Eber Machado (MDB) elevou o tom no plenário da Câmara de Rio Branco ao acusar o Ministério Público do Acre (MPAC) e o Tribunal de Contas do Estado (TCE) de se omitirem diante do que classificou como “o colapso anunciado do transporte público da capital”. Em discurso inflamado, ele disse que as instituições estão de olhos fechados para um sistema “sucateado, milionário e sem contrato”.
“Está ficando feio também para o Ministério Público de Rio Branco. Por que essa omissão? Está ficando feio também para o Tribunal de Contas. Por que essa omissão?”, questionou o parlamentar, ao exibir imagens de ônibus quebrados e usuários abandonados sob o sol.
Eber criticou duramente a empresa responsável pelo serviço, afirmando que ela “já enriqueceu muita gente” e continua operando sem contrato, mesmo após receber mais de R$ 200 milhões em recursos públicos. “Essa patifaria precisa acabar. O povo está sendo desrespeitado todos os dias, esperando um transporte que não vem, enquanto o dinheiro some”, disse.
Em tom de cobrança, o vereador também mirou o prefeito de Rio Branco. “Ele prometeu abrir a caixa-preta do transporte, doesse a quem doesse. Mas correu. Teve medo. E quem paga o preço é o trabalhador que acorda cedo e fica na rua esperando um ônibus velho e quebrado”, afirmou.
Para Eber, a omissão das instituições de controle é um dos fatores que mantêm o sistema em colapso. “Quando o Ministério Público e o Tribunal de Contas se calam, a corrupção ganha espaço. O povo está cansado de promessas e de ver a mesma empresa se beneficiar sem transparência”, concluiu.