Do apoio à liderança: produtores ganham voz e protagonismo no campo acreano

Foto: Alice Leão/Secom

Foto: Alice Leão/Secom

O sucesso recente da agricultura no Acre não se explica apenas por tecnologia ou investimentos. Por trás dos resultados que colocaram o estado no mapa do café brasileiro está um modelo de gestão baseado em escuta, diálogo e parceria direta com o produtor rural.

O secretário de Estado de Agricultura, José Luis Tchê, resume a filosofia que orienta a Seagri: “nenhum programa dá certo se o produtor não estiver sentado à mesa, discutindo junto com os técnicos e ajudando a construir cada etapa.” Essa lógica participativa tem guiado a criação de programas, o uso de recursos e a adaptação das políticas às realidades locais.

Segundo Tchê, o envolvimento direto do produtor explica o avanço de iniciativas como o QualiCafé, o fortalecimento da mecanização agrícola e a ampliação das análises de solo no estado. “O produtor deixou de ser beneficiário e se tornou parte do processo, parceiro da secretaria e corresponsável pelo sucesso das ações”, afirma.

A gestão participativa também mudou a dinâmica da assistência técnica. Técnicos da Seagri acompanham de perto as lavouras, registram resultados e propõem ajustes constantes, o que tem gerado soluções práticas e sustentáveis para culturas como café, cacau e mandioca.

Mais do que um formato administrativo, a metodologia se tornou um movimento cultural no campo acreano — um modelo de confiança e corresponsabilidade que inspira outros estados da Amazônia. “Quando o produtor confia, ele produz melhor, investe mais e acredita no futuro do campo”, resume Tchê.

Compartilhar