O avanço da dengue no Acre segue em ritmo acelerado, com o estado mantendo-se entre os que apresentam as maiores taxas de incidência da doença no país. Até a 13ª semana epidemiológica de 2025, que compreende o período de 23 a 29 de março, o Acre contabilizou 6.957 casos prováveis de dengue, segundo dados oficiais do Ministério da Saúde.
Embora o número represente uma ligeira atualização em relação à semana anterior, ele continua indicando um cenário de emergência em saúde pública, decretado pelo governo estadual ainda em janeiro. A taxa de incidência ultrapassa 800 casos por 100 mil habitantes, colocando o Acre bem acima da média nacional, que atualmente é de 397,8 casos por 100 mil habitantes.
Além dos quase sete mil casos, três óbitos foram oficialmente confirmados no estado em decorrência da doença, sendo um em Rio Branco, um em Cruzeiro do Sul e outro em Tarauacá.
Municípios mais afetados
Os três municípios com maior número de notificações continuam sendo Rio Branco, Cruzeiro do Sul e Tarauacá, com destaque para a capital, que já ultrapassa 2.300 casos prováveis. Outros municípios que vêm apresentando crescimento nas infecções incluem Rodrigues Alves, Feijó e Porto Walter.
Governo intensifica ações
Diante da escalada da doença, o Ministério da Saúde intensificou as medidas de enfrentamento no Acre, especialmente em Rio Branco e Cruzeiro do Sul, que receberam reforço de profissionais, instalação de centros de hidratação e, mais recentemente, o início da vacinação contra a dengue em Cruzeiro do Sul, como parte do plano nacional de combate às arboviroses.
Também seguem em curso as ações de controle vetorial, como o uso de larvicidas, borrifação intradomiciliar, soltura de insetos com a bactéria Wolbachia e monitoramento de áreas críticas com uso de drones.
Alerta continua
A Secretaria Estadual de Saúde reforça o chamado para que a população redobre os cuidados com possíveis focos do mosquito Aedes aegypti. “A eliminação de água parada e a vigilância nos quintais continuam sendo fundamentais. A dengue pode matar, e a prevenção começa em casa”, alertou um técnico da vigilância.
Com a chegada de abril e a continuidade do período chuvoso, a tendência é de que os números sigam em alta, o que exige atenção redobrada da gestão pública e da sociedade.