Dados da Delegacia da Mulher apontam principais causas dos crimes de feminicídio no Acre

Foto Cedida

De acordo com as investigações da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), a maioria dos casos de feminicídio no Acre acontece por ciúmes, sentimento de posse e uso e abuso de álcool e drogas da parte do agressor. Nesses casos, as armas brancas são a maioria utilizada para cometer o crime.

Os dados da delegacia apontam que mais de 90% das mulheres vítimas de feminicídio não têm medida protetiva que antecede o crime. Por conta disso, a delegada Elenice Carvalho explicou a importância de uma rede de apoio para incentivar que a vítima denuncie a violência domestica.

“Essa vítima, muitas vezes sozinha, não tem forças para procurar ajuda. É aí que reside a importância dos amigos e família apoiarem essa mulher, conduzirem ela até a delegacia ao perceber que ela está vivendo esse ciclo de violência”.

Os casos de feminicídio acontecem, em maioria, após um rompimento por parte da vítima, quando o agressor não aceita a situação. “Muitas vezes, por ciúmes, não aceita o término e já tem intento feminicídio, então sob efeito de álcool, ele se encoraja para praticar o crime”, completou a delegada.

Além disso, os dados coletados durante e investigação dos crimes mostra que não existe uma classe social, profissão ou carreira que define as vítimas de violência doméstica.

“Nós atendemos mulheres que são muito bem estudadas e mulheres que não tem estudo nenhum. Mulheres que têm renda muito alta e aquelas mulheres que não tem renda nenhuma. Quando se trata de feminicídio, a gente tem visto mulheres de todo tipo de classe social e todo nível de escolaridade sendo mortas aqui no Brasil. Nós precisamos estimular a denúncia, principalmente a denúncia precoce. A Lei Maria da Penha entra em ação já como prevenção”, explicou.

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