Menino precisou levar 20 pontos após ser atingido enquanto andava de bicicleta; uso de linha cortante é proibido por lei desde 2005
Um menino de apenas 6 anos ficou gravemente ferido no pescoço ao ser atingido por uma linha de pipa com cerol, no início da noite da última segunda-feira (22), em Macapá (AP). A vítima, identificada como Théo Willian Santos, estava andando de bicicleta com a mãe quando foi surpreendido pela linha cortante.
O acidente aconteceu por volta das 18h, enquanto Théo brincava em uma área pública da cidade. A linha enroscou em seu pescoço, provocando um corte profundo. O menino foi socorrido imediatamente e levado pela mãe ao hospital.
“Na hora eu nem pensei muito, só queria levá-lo logo para o pronto-socorro. Fiquei apavorada, com medo de perder meu filho. Foi desesperador”, relatou a mãe, Jhoyce Roberta Santos, ainda abalada com o ocorrido.
Corte profundo exigiu 20 pontos e deixou trauma na família
Théo foi atendido em estado de urgência e recebeu 20 pontos no pescoço. Segundo os médicos, ele não corre risco de vida, mas precisará de acompanhamento para a recuperação completa.
Apesar da melhora física, a família relata que o impacto emocional permanece. “Ele ficou muito assustado, está com medo de sair de casa de novo”, disse a mãe.
Uso de cerol é crime e pode matar
O uso de cerol e linha chilena — substâncias cortantes feitas com vidro moído e cola — é proibido por lei em Macapá desde 2005. A legislação prevê multa e apreensão do material para quem descumprir a norma.
Mesmo com a proibição, casos como o de Théo continuam sendo registrados, especialmente em períodos com maior número de crianças empinando pipas.
Especialistas alertam para o perigo do uso desse tipo de linha, que pode causar mutilações e até a morte, principalmente de motociclistas, ciclistas e pedestres.
“É preciso reforçar a fiscalização e promover campanhas de conscientização. Uma brincadeira com cerol pode se tornar uma tragédia”, destacou um representante da área de segurança pública.
Tragédia evitada por pouco
O caso de Théo serve como um alerta para pais, responsáveis e autoridades. Acidentes com linha cortante costumam ser silenciosos e rápidos, e muitas vezes a vítima sequer percebe o perigo até ser tarde demais.
A família pede justiça e espera que o episódio ajude a chamar a atenção do poder público e da sociedade para os riscos dessas práticas ilegais.