Foto: Reprodução
A tensão permanece nas comunidades do Complexo da Penha e Vila Cruzeiro, na Zona Norte do Rio, mesmo após a operação policial mais letal já registrada no estado. Moradores relatam que corpos continuam sendo retirados de áreas de mata, enquanto helicópteros e blindados seguem circulando pela região, reforçando o clima de medo e insegurança.
A Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro ainda não divulgou o balanço final da ação, mas confirmou que a operação não foi encerrada. Até a última atualização, dezenas de mortos haviam sido contabilizados, entre suspeitos e quatro agentes de segurança.
Apurações independentes levantam indícios de possíveis execuções durante os confrontos. Segundo o jornalista Renato Souza, parte dos corpos encontrados na Vila Cruzeiro estava amarrada em árvores, o que reforça a suspeita de que algumas vítimas possam ter sido mortas após se renderem.
O portal Metrópoles também divulgou relatos de testemunhas que descrevem marcas de tiros à queima-roupa, perfurações por faca e ferimentos concentrados nas pernas — sinais que, segundo especialistas ouvidos, exigem investigação rigorosa para determinar a dinâmica das mortes.
Nas redes sociais, imagens fortes circulam desde a madrugada, mostrando fileiras de corpos cobertos por lonas plásticas nas vielas das favelas. Os registros têm chocado o país e provocado reações de organizações de direitos humanos.
Moradores denunciam que nem todos os corpos foram recolhidos e que há famílias inteiras em busca de desaparecidos. Sem informações oficiais sobre a identidade das vítimas, parentes percorrem hospitais e postos de saúde em busca de notícias, enquanto a região permanece cercada pelas forças de segurança.
