“Ciência entra no campo para mudar a história da agricultura no Acre”, diz Luís Tchê

Foto Assessoria

Foto: Assessoria 

O Acre começa a vislumbrar uma nova fase para a produção agrícola e agroindustrial, com foco especial nas cadeias do café, mel e carne. Segundo o secretário de Estado de Agricultura, Luiz Tchê, a integração entre ciência e campo — por meio de parcerias com instituições como a Universidade Federal do Acre (UFAC) — pode elevar drasticamente a produtividade dos pequenos produtores, garantindo dignidade e renda para as famílias rurais.

Um exemplo concreto já funciona na prática: a usina de nitrogênio instalada dentro da UFAC, administrada pelo Estado, que fornece insumos a preços mais baixos para os produtores e ainda gera recursos para manutenção do equipamento. “Não é visando lucro, é para manter funcionando. E o produtor ganha porque paga mais barato”, destacou Tchê.

Para o secretário, a chegada de novos laboratórios voltados à análise de solo e à aplicação de tecnologia vai corrigir uma realidade que se arrastava há décadas. “Antes, um pequeno produtor que plantava um hectare de café colhia 20 ou 25 sacos. Agora, com análise de solo e acompanhamento técnico, ele pode colher 60, 70, até 80 sacos. Isso muda vidas”, afirmou.

Tchê defende que a agricultura familiar precisa ser tratada com mais pragmatismo e menos romantização. “É bonito falar em agricultura familiar, mas o produtor quer resultado. Ele quer tecnologia, ciência, produtividade. E nós vamos trabalhar para que isso chegue em todas as cadeias produtivas, especialmente no mel, que eu acredito muito no potencial do Acre.”

O secretário ressalta que cada parceria firmada com a universidade e outras instituições deve ter como foco a inclusão produtiva, permitindo que a inovação chegue também ao agricultor mais isolado. “Só quem ganha com isso é a população, porque junta força e ciência para debater e melhorar a vida de quem produz”, concluiu.

Compartilhar