Casos de dengue aumentam 30% no país em 2023; Acre já tem quase cinco mil casos

Casos de dengue aumentam 30% no país em 2023; Acre já tem quase cinco mil casos - FOTO: Cedida

 

Até o fim de abril deste ano, o Ministério da Saúde apurou um aumento, em todo o país, de 30% em casos prováveis de dengue em relação ao mesmo período em 2022. As ocorrências da doença foram de 690,8 mil casos para 899,5 neste ano, com 333 mortes confirmadas.

Os estados com maior incidência de dengue são Acre, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rondônia. No caso da chikungunya, foram notificados 86,9 mil casos, um aumento de 40%, em relação a 2022, com 19 óbitos confirmados. Já a zika, até o fim de abril, registrou 6,2 mil casos, com taxa de incidência de 3 casos por 100 mil habitantes, um aumento de 289% comparado ao último ano, em que 1,6 mil ocorrências foram observadas.

O Acre registrou mais de 4,9 mil casos prováveis de dengue até o mês de abril deste ano. Em 2022, no mesmo período, foram registrados 1,8 mil casos prováveis. Também foram contabilizados, em 2023, 48 possíveis casos de chikungunya ante 38 no mesmo período do ano passado, assim como 290 de Zika contra 5, considerando o mesmo período de quatro meses em 2022.

Fatores como a variação climática e aumento das chuvas no período em todo o país, o grande número de pessoas suscetíveis às doenças e a mudança na circulação de sorotipo do vírus são fatores que podem ter contribuído para o crescimento.

Sintomas e prevenção

Os sintomas de dengue, chikungunya ou Zika são semelhantes. Eles incluem febre de início abrupto acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele, manchas vermelhas pelo corpo, além de náuseas, vômitos e dores abdominais.

A orientação do Ministério da Saúde é para que a população procure o serviço de saúde mais próximo de sua residência assim que surgirem os primeiros sintomas.

A prevenção é a melhor forma de combater a doença. Evitar acúmulo de inservíveis, não estocar pneus em áreas descobertas, não acumular água em lajes ou calhas, colocar areia nos vasos de planta e cobrir bem tonéis e caixas d’água, receber a visita do agente de saúde, são algumas iniciativas básicas. Todo local de água parada deve ser eliminado, pois é lá que o mosquito transmissor, o Aedes aegypti, coloca os seus ovos.Emergência (COE Arboviroses) para o monitoramento do cenário epidemiológico e das particularidades de cada estado. Segundo o MS, já foram distribuídos mais de 300 mil kits laboratoriais para o diagnóstico. A pasta conta com quatro tipos de controle vetorial do Aedes Aegypti, o mosquito transmissor da doença. O principal, conhecido como fumacê, é um dos inseticidas utilizados e a Saúde espera receber 275 mil litros do produto.

“A população acha que quando passa o fumacê, está ótimo. E na verdade, quando o fumacê passa é um sinal ruim para nós, é um alerta que temos muitos mosquitos adultos. O ideal é que a gente combata a larva, que a gente impeça a reprodução dele”, observa a secretária Ethel.

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