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A Câmara Municipal de Rio Branco realizou, na quarta-feira, 27, um minuto de silêncio em memória de Ivanilde Souza da Silva, 42 anos, morta brutalmente na noite anterior dentro de casa, no bairro Belo Jardim 1, Segundo Distrito da capital.
O pedido partiu da vereadora Elzinha Mendonça (PP), presidente da Comissão da Mulher, que lamentou mais um caso de feminicídio no município.
“Eu gostaria de fazer um minuto de silêncio em favor da senhora Ivanilde, que foi brutalmente assassinada. Mais um feminicídio na nossa cidade, mais uma estatística, mais uma mulher dentro desta fatídica estatística do nosso município, infelizmente”, declarou a parlamentar.
O crime
Ivanilde foi morta pelo marido, Jerberson do Nascimento Soares, 26 anos, dentro da própria residência, localizada na Travessa Chicão, com acesso pelo Ramal da Judia. O suspeito fugiu após o crime e segue sendo procurado.
De acordo com familiares e vizinhos, a relação era marcada por constantes conflitos. O casal já havia passado por internações em clínicas de reabilitação e morava há cerca de dois meses no local onde ocorreu o feminicídio. Moradores relatam que intervieram em diversas ocasiões para evitar agressões.
Na noite de terça-feira (26), Jerberson teria pedido que a esposa o buscasse no hospital. Já em casa, ele ingeriu bebidas alcoólicas, esperou Ivanilde adormecer e, em seguida, a atacou com uma tábua de cortar carne, desferindo golpes fatais na cabeça. A vítima morreu ainda no local, em consequência de traumatismo craniano grave.
Quatro horas depois, familiares encontraram o corpo sobre a cama. O SAMU apenas constatou o óbito. O corpo foi levado ao Instituto Médico Legal (IML), e a área periciada pela Polícia Civil. O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) em conjunto com a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM).
Repercussão
A tragédia que tirou a vida de Ivanilde se soma a outros casos recentes de violência contra a mulher em Rio Branco. Na Câmara, o minuto de silêncio simbolizou luto e protesto diante do que se tornou uma realidade alarmante: a escalada de feminicídios no Acre.