Café entra no radar de Tarauacá como nova matriz produtiva

Foto Correio online

A experiência de industrialização do café no extremo-oeste do Acre começa a gerar frutos além das divisas de Mâncio Lima. A presença do prefeito de Tarauacá, Rodrigo Damasceno, na inauguração do Complexo Industrial do Café, no último dia 28, em Mâncio Lima, foi mais do que simbólica: marcou o início de uma movimentação estratégica para diversificar a base econômica de seu município.

“Viemos com vários produtores de Tarauacá para incentivar e mostrar que, mesmo em pequenas áreas, com cultivo bem feito, é possível ter grandes rendimentos. É isso que vimos aqui e queremos replicar lá”, afirmou o gestor, destacando a importância da visita técnica ao modelo implementado no Juruá.

Conhecida como a cidade do abacaxi, Tarauacá carrega uma tradição agrícola forte, mas limitada à fruticultura e à pecuária extensiva. Para o prefeito, apostar na cafeicultura representa não apenas uma nova frente produtiva, mas uma alternativa mais inclusiva.

“A pecuária, da forma como é feita hoje, nos limita em produtividade e em geração de empregos. O café permite agregar mais valor, gerar mais renda, e envolver um maior número de pequenos produtores.”

Rodrigo Damasceno destacou que a missão em Mâncio Lima tem caráter prático: observar uma experiência que deu certo e levá-la para dentro das políticas públicas de Tarauacá. “É uma tecnologia social que melhora a autoestima dos agricultores, gera renda local e mostra que a Amazônia pode produzir com inteligência.”

A agenda do prefeito também envolveu articulações com lideranças políticas, cooperativas e representantes do Governo Federal, em busca de parcerias e incentivos para fomentar um novo ciclo econômico baseado em produção agroindustrial. “Essa é uma missão que queremos levar a sério. Precisamos plantar possibilidades novas para o nosso povo colher dignidade”, concluiu.

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