Foto: Assesssoria
O secretário de Estado de Agricultura, José Luís Tchê, afirmou que a missão técnica realizada à Itália consolidou o café acreano como um produto de qualidade reconhecida internacionalmente. Segundo ele, a visita à sede da Lavazza, uma das maiores torrefadoras do mundo, marcou um divisor de águas na história do café robusta amazônico, abrindo novas perspectivas de mercado e fortalecendo o protagonismo dos produtores locais.
As declarações foram dadas durante entrevista ao Podcast Correio em Prosa, produzido pelo Portal Correio OnLine e apresentado pela jornalista Marcela Jansen. No bate-papo, o secretário relatou bastidores da viagem à Europa e destacou a importância de o Acre ter levado uma comitiva formada não apenas por autoridades, mas também por agricultores que estão na base da produção.
“A gente ganha quando os produtores contam a nossa história. O Acre tem café de qualidade, e agora o mundo sabe disso”, disse Tchê, ao lembrar o encontro com executivos da Lavazza em Turim.
Durante a reunião, os representantes italianos conheceram a história dos cafeicultores acreanos e se surpreenderam com as características do robusta amazônico, considerado ideal para a produção de café expresso por possuir crema mais intensa e teor de cafeína duas vezes maior que o da variedade arábica. “O que eles buscam é exatamente o que o nosso café tem. A crema, o sabor e o corpo do robusta amazônico encantaram os compradores da Lavazza”, destacou o secretário.
Tchê também ressaltou que a Universidade Federal do Acre (Ufac) realizará a análise química do café, o que garantirá ao produto um selo de qualidade científica reconhecido nacional e internacionalmente. “Teremos um laudo da Ufac atestando a composição do nosso café. É como um passaporte para novos mercados”, afirmou.
Ainda de acordo com Tchê, a comitiva visitou cooperativas agrícolas, o Consulado-Geral do Brasil em Milão e a Câmara de Comércio local, fortalecendo laços comerciais e institucionais. Segundo Tchê, o próximo passo é transformar o Acre em referência nacional em café robusta, ampliando o volume de exportações e agregando valor à produção. “Essa viagem não foi turística. Foi uma agenda técnica, histórica. Nós fomos para mostrar que o Acre tem potencial, técnica e gente que faz”, enfatizou o secretário.