Na Expoacre 2025, onde o aroma do café se mistura ao calor vibrante da Amazônia, um especialista na bebida mais amada do Brasil se rendeu ao sabor surpreendente do café acreano. O barista amazonense Jorge Luiz, com 17 anos de experiência no mundo do café, voltou ao Acre pela terceira vez e não escondeu o entusiasmo com o que encontrou por aqui.
“A evolução é visível. O café robusta amazônico, especialmente o que é produzido no Acre, está cada vez mais refinado, equilibrado e doce na medida certa.”
Convidado pelo Sebrae para integrar a programação da Robusta Acreano Cafeteria, Jorge tem conversado diretamente com consumidores, produtores e jovens curiosos — inclusive crianças, que se encantam com o latte art, técnica de desenhos na superfície do café com leite vaporizado. “Eles querem saber de tudo: de onde vem o grão, qual produtor, se é doce, frutado. Isso é incrível. É um sinal de que estamos formando uma geração que valoriza a origem e a qualidade.”
Apesar dos avanços, o barista destaca que há um ponto de atenção: a torra ainda precisa evoluir. “A torra é onde tudo pode se perder ou se destacar. Falta conhecer melhor os níveis — média, clara, escura — e entender como cada perfil de torra pode realçar notas incríveis no café acreano”, avaliou.
E Jorge não ficou só nos elogios: colocou sua experiência à disposição para fortalecer a cadeia produtiva do café no Acre. “Se quiserem começar agora, estou disposto a ajudar. Tenho cursos de formação para iniciantes, aperfeiçoamento para quem já atua e consultoria para empresários que desejam subir o nível do produto.”
Durante a Expoacre, Jorge tem atuado como verdadeiro embaixador da qualidade local. “Tem café produzido aqui que é melhor que marca famosa de supermercado. Só falta comunicar isso ao consumidor. Mostrar procedência, contar a história do grão, da família que planta, e investir em técnica.”
Ao Correio Online, o barista deixou um recado claro: investir em qualidade não é luxo — é o caminho para colocar o Acre no mapa dos melhores cafés do país. E concluiu com um convite: “Se você é produtor, empreendedor ou quer entrar nesse mercado, vamos conversar. É hora de profissionalizar o que já é bom por natureza.”