Na Expoacre 2025, o cacau deixou de ser apenas uma amêndoa e ganhou forma de pão de mel, trufa, brigadeiro e barra artesanal. Por trás desses sabores está a força de mulheres do interior do Acre, como Eliana Augusto de Souza, produtora do Projeto de Assentamento Florestal do Recanto, no Ramal 12, em Cruzeiro do Sul.
Há sete anos trabalhando com cacau, Eliana é uma das integrantes do coletivo Cacau com Elas, que reúne mulheres da região do Juruá em torno de uma proposta simples e poderosa: gerar renda a partir da floresta em pé. Durante a feira, ela tem participado todas as noites expondo e vendendo seus produtos — todos feitos com ingredientes cultivados por elas mesmas.
“É uma enorme satisfação participar de uma feira grandiosa como essa e mostrar o valor do que produzimos”, disse Eliana, enquanto organizava sua bancada recheada de delícias feitas à base do fruto amazônico. Sua produção artesanal atraiu o olhar de visitantes, especialistas e possíveis parceiros, reforçando o potencial do cacau não só como cultura agrícola, mas como oportunidade de protagonismo feminino e valorização regional.
A presença do coletivo na Expoacre reforça que a bioeconomia, no Acre, tem rosto de mulher. Mulheres que plantam, colhem, processam e empreendem. Que transformam a floresta em renda, identidade e resistência.