Brasileiros invadem redes do governo da Indonésia em protesto pela morte de Juliana Marins

Foto Rede social

A morte da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, escancarou uma ferida aberta: a negligência de um Estado com a vida de uma mulher estrangeira — e o silêncio do seu próprio país diante da tragédia.

Juliana ficou cinco dias à espera de resgate, sozinha, sem receber nenhum tipo de suporte: nem água, nem comida, nem cobertor. Morreu de frio e abandono em meio à floresta, enquanto aguardava por ajuda que nunca chegou. E isso gerou uma onda de revolta que cruzou fronteiras.

Brasileiros lotaram os perfis oficiais do governo da Indonésia nas redes sociais, cobrando responsabilidade e denunciando o desprezo com que Juliana foi tratada. Frases como “A Indonésia não respeita turistas” e “Não visitem a Indonésia” se multiplicam. Um comentário viralizou:

“Irresponsabilidade, descaso, incompetência e má vontade. Uma brasileira morreu e vocês não fizeram NADA! Sintam MUITA vergonha.”

E enquanto o mundo reage, o Brasil silencia. Até o momento, nenhuma manifestação oficial do Itamaraty. Nenhuma cobrança diplomática firme. Nenhuma mobilização visível por justiça.

E se fosse o contrário?

Muitos brasileiros nas redes levantam uma questão inquietante: se fosse um turista indonésio morrendo abandonado no Brasil, haveria tanta omissão? Ou a pressão internacional impediria que a tragédia fosse ignorada?

A última postagem do perfil oficial da Indonésia acumula mais de 14 mil comentários de revolta — mas não houve, até agora, nenhuma resposta oficial que reconheça a falha do Estado ou que acolha a dor da família brasileira.

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