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Nas próximas semanas, o Acre dará início a um dos maiores pacotes de obras rodoviárias de sua história recente. Em visita ao estado, o ministro dos Transportes, Renan Filho, assinou a ordem de serviço que autoriza a reconstrução e a manutenção de trechos críticos da BR-364, principal ligação terrestre entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul.
O aporte, que soma R$ 870 milhões, será destinado à recuperação de três trechos estratégicos: da divisa com Rondônia até a capital, de Sena Madureira a Feijó e de Feijó à ponte sobre o Rio Gregório. As intervenções incluem serviços de reconstrução em solo mole, visando garantir que a rodovia suporte o período de chuvas intensas na região e ofereça condições adequadas de tráfego.
“Depois de muitos anos de recursos insuficientes e obras feitas sem respeitar especificações técnicas, vamos fazer uma estrada que aguente o inverno e leve o povo acreano para frente”, afirmou o ministro.
Do abandono à prioridade federal
Renan Filho comparou os números para dimensionar o avanço. Segundo ele, em 2022, último ano do governo anterior, apenas R$ 88 milhões foram aplicados nas rodovias federais do Acre. No primeiro ano da gestão Lula, o montante subiu para R$ 274 milhões. Em 2024, saltou para R$ 543 milhões, chegando agora ao patamar recorde.
O ministro destacou que, em dezembro de 2022, 72% das rodovias federais do estado eram classificadas como ruins ou péssimas — índice que colocava o Acre na pior posição entre todos os estados brasileiros.
Além da BR-364, o governo federal também confirmou a construção do contorno de Brasileia, município que integra a região de fronteira com a Bolívia e é porta de entrada para o comércio internacional. A obra promete reduzir o tráfego pesado dentro da área urbana, facilitar o escoamento da produção e ampliar a integração com o país vizinho.