A Prefeitura de Rio Branco deve finalizar nesta terça-feira, 1º de abril, o desmonte da estrutura no Parque de Exposições Wildy Viana o qual acomodou as famílias atingidas pela cheia do Rio Acre neste ano. Os abrigos foram construídos em sete de março, quando o manancial ultrapassou os doze metros.
Segundo o coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão, o parque seguirá sob a administração do órgão, tendo em vista que, apesar do retorno as casas, o Município continua dando assistência as famílias durante um período ainda.
“As famílias vão continuar recebendo ajuda com alimentos, colchões, kits higiene e também com a liberação do saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS)”, disse ao pontuar ainda que doze das famílias que estavam nos abrigos foram levadas para o aluguel social.
A alagação na capital acreana, segundo o órgão, afetou 43 bairros. A estimativa da Prefeitura de Rio Branco, por meio da Defesa Civil Municipal, é que quase nove mil famílias tenham sido atingidas pela elevação do nível das águas do manancial, o que corresponde a pouco mais de 31 mil pessoas.
Na zona rural, 19 comunidades também foram atingidas, afetando mais de duas mil famílias.
Três abrigos foram montados em Rio Branco, onde mais de 180 famílias foram acomodadas, totalizando 700 pessoas.
Ainda de acordo com a Defesa Civil Municipal, a estimativa é que 598 famílias tenham ficado desalojadas, tendo se acomodado em casas de parentes ou amigos.
Neste ano, o Rio Acre transbordou no dia dez de março e ficou acima da cota de transbordo, que é 14 metros até o dia 24 de março. A maior cota atingida pelo manancial em 2025 foi de 15,88 metros, marcada às 15h de 17 de março.
Limpeza nos bairros – O retorno das famílias as suas casas só foi possível após equipes da prefeitura realizarem uma limpeza nos bairros afetados pela cheia do manancial. Antes de sair dos abrigos, os moradores receberam material de limpeza e uma cesta básica.
Risco de desabamento – Falcão destacou que cerca de 100 residências apresentam risco de desabamento devido a alagação. Essas casas passam por vistorias constantemente e as equipes da Defesa Civil Municipal.
Foto: Evandro Derze/Assecom