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A equipe do Portal Correio OnLine bateu um papo com uma das vozes mais conhecidas das arenas: Big Boy. Há três décadas no comando da locução, ele já passou por todos os estados do Brasil, mas guarda no Acre o ponto mais marcante de sua carreira.
O apelido, que virou marca, nasceu de forma inesperada. “Eu era competidor e em uma das quedas um amigo falou: ‘Ô, tá parecendo o Big Boy, rapaz’. E pegou. Depois, quando comecei a narrar, já era o Big Boy. O apelido ficou até hoje”, contou.
De origem simples e ligado às raízes sertanejas, Big Boy relembra que a trajetória foi marcada por dificuldades, mas também por superação. “Nunca desisti. Passei por humilhações, críticas, mas segui firme. Hoje, graças a Deus, sou referência e só tenho gratidão. O que eu conquistei foi na base da persistência e do trabalho.”
A ligação com o Acre começou em 2004, quando foi convidado para narrar um evento. No ano seguinte, estreou na Expoacre e, desde então, consolidou um vínculo que ultrapassa a profissionalização. “O Acre abriu as portas pra mim. Poderia ter seguido representando São Paulo, meu estado de origem, mas foi aqui que encontrei respeito e acolhimento. É o Acre que vou defender até o fim da minha carreira”, destacou, emocionado.
Sobre a profissão, Big Boy deixa um conselho aos que sonham em se tornar narradores: “Seja você mesmo. Tenha os pés no chão e não tente subir pisando nas costas dos outros. Trabalhe com seriedade, dedicação e busque ser um grande profissional. O sucesso vem com esforço e honestidade.”
E, como não poderia deixar de ser, encerrou a conversa com um verso improvisado:
“Eu sou o sol lá no horizonte, a noite iluminada,
a gota de ouro brilha no sereno da madrugada.
Sou a chuva que cai na terra, a neblina lá na serra,
o rio que se junta ao mar.
Sou aconchego, sou celeiro, tenho tanto amor pra dar,
carrego dentro do peito um coração que sabe amar.”